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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mundo perdeu John Lennon há 30 anos




Foi há exactamente 30 anos que John Lennon foi assassinado por Mark Chapman, que o alvejou com quatro tiros.
A 8 de Dezembro de 1980, Lennon ficou sem vida à entrada do edifício Dakota, onde vivia, em Nova Iorque. Chapman foi condenado a uma pena mínima de 20 anos de prisão e o seu sexto pedido de liberdade condicional, feito em Setembro passado, foi recusado.

Três décadas depois, no ano em que comemoraria 70 primavera, o ícone Lennon continua bem vivo na memória da sociedade. Em Liverpool, cidade de onde era natural, milhares de fãs prestaram uma homenagem, concentrados em torno do monumento Paz e Harmonia, inaugurado há um mês em sua memória.

Já a viúva Yoko Ono actuou em Tóquio.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ozzy Osbourne confirma shows no Brasil





Preparem-se, pois Ozzy Osbourne está de volta! Sim, o “Pai do Heavy Metal” acaba de confirmar passagem por cinco cidades brasileiras em 2011, com a turnê mundial de seu último álbum, “Scream”, e os convites já começam a ser vendidos nesta próxima sexta-feira (19/11/10).
Os shows, realizados em março e abril, levarão a lenda do rock para Porto Alegre (30/3), São Paulo (2/4), Brasília (5/4), Rio de Janeiro (7/4) e Belo Horizonte (9/4). Para clientes Credicard, Citibank e Diners, a pré-venda de ingressos para os shows em São Paulo e Rio de Janeiro irá de 19 a 25 de novembro. Para o público em geral, os ingressos estarão liberados a partir do dia 26.
As compras podem ser efetuadas pelas bilheterias oficiais dos shows, pelo telefone (4003-0848 – para todo o país), pelo site (www.ticketsforfun.com.br) e nos pontos de vendas espalhados pelo Brasil. A data da pré-venda para os shows em Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte ainda não foi confirmada.

Além de ter marcado toda época e influenciado uma geração inteira na extinta banda Black Sabbath, Ozzy ficou conhecido pelo reality show dirigido pela MTV americana “The Osbournes”, no qual o público pode acompanhar de pertinho a rotina de família do roqueiro.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Parabéns pra você...

Meu aniversário esta chegando ! °\(°.°)/°

no próximo dia 5 vou cantar meus parabéns em alto e bom som estilo Rock n' Roll no Hard Rock Café!

Quer coisa melhor que isso? rsrsrs

olhem como ficou minha tatto ( rsrs )




ficou bem pequenininha mais eu gostei muito , e já estou pensando em fazer outra bem maior!

sábado, 30 de outubro de 2010

AAAAH QUE MEDO!!!! rsrsrs

è hoje , vou fazer minha primeira tatuagem , a q medo kkkkk , axo q tenho mais medo do barulhinho da maquininha do q de doer kkkk
bom , ja vou lá ! Depois posto contando como foi . bjs a todos os blogueiros

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hero - Ozzy Osbourne

Hero
I don't want to be a hero,
I don't want to ever let you down,
No I don't want to let you down
I can try to take you higher,
But I don't want to wear your broken crown,
Ya know it brings me down

Don't think you'll ever understand me
I don't even understand me
Don't have the power to annoint you
And I don't want to disappoint
The fools no more
The fools no more

I couldn't answer all your questions,
And if your're lost
I couldn't find your way
I couldn't find your way
You know you have to face the music,
You change your tune
And don't know what to play,
So don't you run away

Everybody's talking crazy
Some think I am a dare
And I may be
I don't want to hear about it
Don't want to have to scream and shout at
The fools no more
The fools no more

(solo)

So I don't want to be a hero,
Don't want to sit upon your crippled throne,
I've got a life of my own
I am not your destination,
Or a road that's gonna lead you home,
So baby please don't go

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Big Boy

Eu estava surfando na net e eis que me deparo com um disco do disc jockey mais crazy que já ouvi, o Big Boy, aquele da Rádio Mundial AM, quem tem mais de 40 deve lembrar-se dele, Apaixonado pelo rock and roll, quando foi convidado para substituir um programador que entrara em férias não hesitou em interromper a carreira de professor de geografia, ele era meu colega de profissão, para tornar-se radialista. Inovou o sistema de rádio com sua linguagem dirigida ao público jovem , ele abria sua programação com um "hello crazy people!", irreverente para uma época de ditadura em que os todos os apresentadores se dirigiam aos ouvintes com um "boa noite senhores e senhoras" rsr, acertou em cheio com suas gírias, ia direto nas fontes e trazia para o Brasil as tendências musicais ao redor do mundo, a partir de idéias que modificariam todo um sistema de programação estabelecido, foi o primeiro a colocar um clip musical na tv, no Jornal Hoje da Globo. Ficou na história e hoje tive a oportunidade de relembrar esta fera, um homem que ninguém que ouviu seu programa ira esquecer!

Eu gostei de viajar no tempo. Pra quem tem mais de quarenta curtir e quem não tem conhecer, aí vai o Big Boy muito crazy !!!

veja esse link e lembre desse cara que é muito FERA!

http://www.youtube.com/watch?v=5qq_z4ClEzI&feature=player_embedded

AC/DC - Back in Black




Este é um álbum de rock de respeito. Back in Black foi lançado em 1980 e, até hoje, já vendeu 43 milhões de cópias, sendo o álbum de rock mais vendido de todos os tempos e o segundo mais vendido da história.
Depois do sucesso de Highway to Hell, a banda começou a desenvolver o álbum, após a morte de seu vocalista, Bon Scott. A causa oficial da morte foi divulgada como sendo de "Intoxicação alcoolica aguda". Quando Scott foi substituído por Brian Johnson, o álbum foi totalmente refeito, com músicas como "Hells Bells", "Have a Drink on Me" e a faixa que dá título ao álbum, Back in Black. Tornou-se um enorme sucesso nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. Foi remasterizado e relançado duas vezes, em 1997 e em 2003, como parte da série de remasterizados da banda..

Hits - Anos 70

Hoje estou um pouco nostalgica, talvez por conta de alguns planos que fiz mas não deu certo, sabe quando sonhamos com algo, idealizamos e começamos a colocar em prática e derrepente tudo vai por água a baixo? Pois é, assim mesmo rsr, tenho que levar na esportiva né, fazer o que? Minha vida não me pertence, vivo conforme a vontade do meu Deus e se ele achou que não era pra ser agora, tudo bem... sei que não tardará e o jeito agora é esperar mais um pouquinho. Já que estou assim, preparei uns flash back, adoro estas músicas antigas, aquela época as músicas tinham alma e nos encantavam, aqui tem cada uma mais linda que a outra, por isso separei alguns albuns e os nomes das musicas , espero que vocês gostem:

Hits - Anos 70
CD 1
01. Meat Loaf - Paradise By The Dashboardlight
02. Santana - Shes Not There
03. Dr. Hook & The Medicine Show - Sylvia's Mother
04. Cheap Trick - I Want You To Want Me (Live)
05. Redbone - We Were All Wounded At Wounded Knee
06. Boston - More Than A Feeling
07. The Three Degrees - Dirty Ol'Man
08. Chi Coltrane - Go Like Elijah
09. The Emotions - Best Of My Love
10. Ellen Foley - We Belong To The Night
11. Heatwave - Boogie Nights
12. Billy Paul - Me And Mrs. Jones
13. Tammy Wynette - Stand By Your Man
14. Bill Withers - Ain't No Sunshine
15. Labelle - Lady Marmalade
16. Earth Wind & Fire & The Emotions - Boogie Wonderland
17. Mother's Finest - Piece Of The Rock
18. Intruders - She's A Winner1
9. O. Jays - Backstabbers

CD 2
01. Dan Hartman - Instant Replay
02. Blood Sweat & Tears - Hi-De-Ho
03. Kansas - Dust In The Wind
04. Loggins & Messina - My Music
05. Looking Glass - Brandy (You're A Fine Girl)
06. Charly Rich - The Most Beautiful Girl
07. Lynn Anderson - Rose Garden
08. Dave Mason - Crying Waiting Hoping
09. Deniece Williams - Free
10. Eddie Oney - Baby Hold On
11. Georgie Fame & Alan Price - Rosetta
12. Donovan - Salvation Stomp
13. Albert Hammond - The Free Electric Band
14. Bobby Vinton - Sealed With A Kiss
15. Buffoons - My Girl Donna
16. The Jacksons - Shake Your Body
17. Sailor - Sailor
18. Sutherland Bros & Quiver - Arms Of Mary
19. Isley Brothers - That Lady (Part 1)
20. Johnny Cash - A Thing Called Love
21. Harold Melvin & The Blue Notes - If You Don't Know Me By Now
22. Manhattans - Kiss And Say Goodbye

CD 3
01. M.A.S.H. - Suicide Is Painless
02. M.F.S.B. - Family Affair
03. Tim Hardin - A Simple Song Of Freedom
04. Mark & Clark Band - Worn Down Piano
05. Chicken Shack - I'd Rather Go Blind
06. The Byrds - Hey Mr. Tambourine Man
07. Toto - Hold The Line
08. The Shuffles - Bitter Tears
09. Johnny Nash - Tears On My Pillow (I Can't Take It)
10. Colin Blunstone - I Don't Believe In Miracles
11. Electric Light Orchestra - Can't Get It Out Of My Head
12. Dr. Hook & The Medicine Show - The Cover Of The Rolling Stone
13. Chris Montez - Aye No Digas
14. Redbone - The Witch Queen Of New Orleans
15. Gerard Lenorman - La Ballade Des Gens Heureux
16. Johnnie Taylor - Disco Lady
17. Raffaella Carra - A Far L'amore Comincia Tu
18. Albert West - Ginny Come Lately
19. Charlie Daniels Band - The Devil Went Down To Georgia
20. Edgar Winter Group - Free Ride


CD 4
01. Santana - Samba Pa Ti
02. Ballin Jack - Found A Child
03. Wild Cherry - Play That Funky Music
04. Cheap Trick - Dream Police
05. Anne Marie David - Tu Te Reconnaitras
06. Dan Fogelberg - Part Of The Plan
07. Jeane Manson - Avant De Nous Dire Adieu
08. O'Jays - For The Love Of Money
09. Christie - Yellow River
10. Argent - Hold Your Head Up
11. Mashmakhan - As Years Go By
12. Ray Conniff Singers - Harmony
13. Sly & The Family Stone - Family Affair
14. Charlie Rich - Behind Closed Doors
15. Chase - Get It On
16. The Three Degrees - When Will I See You Again
17. Blue Oyster Cult - (Dont Fear) The Reaper
18. Heart - Barracuda
19. Tina Charles - I Love To Love
20. Mott The Hoople - All The Young Dudes
Download
CD 5
01. Albert Hammond - I Don't Wanna Die In An Air Disaster
02. Full House - Standing On The Inside
03. Danyel Gerard - Butterfly
04. The Jacksons - Show You The Way To Go
05. The Doobie Brothers - Long Train Runnin (Live)
06. Titanic - Sultana
07. Joe Dassin - Lete Indien
08. Pacific Gas & Electric - Are You Ready
09. Ram Jam - Black Betty
10. Sharif Dean - Do You Love Me
11. Johnny Mathis & Deniece Williams - Too Much Too Little Too Late
12. The Trammps - Love Epidemic
13. Sailor - Traffic Jam
14. Earth Wind & Fire - Shining Star
15. Electric Light Orchestra - Mr. Blue Sky
16. The Byrds - Jesus Is Just Alright
17. Toto - I'll Supply The Love
18. Dave - Dansez Maintenant
19. Colin Blunstone - Wonderful


Hoje passeando por uns sites encontrei esta preciosidade, adoro ele e ainda não baixei mas sei que é coisa boa e vale a pena.


Marvin Gaye - 1971 - What's Going On

01. What's Going On
02. What's Happening Brother
03. Flyin' High (In The Friendly Sky)
04. Save The Children
05. God Is Love06. Mercy Mercy Me (The Ecology)
07. Right On
08. Wholy Holy
09. Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)

domingo, 15 de agosto de 2010

Chegando mais uma novidade ......

Agora você tambem pode visitar o meu site : www.rockergirls.webnode.com.br



=)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Discografia ( Ozzy Osboune )

Albuns de Estudio
Blizzard of Ozz (1980)
Diary of a Madman (1981)
Bark at The Moon (1983)
The Ultimate Sin (1986)
No Rest for the Wicked (1988)
No More tears (1991)
Ozzmosis (1995)
Down to Earth (2001)
Under Cover (2005)
Black Rain (2007)
Scream (2010)
Álbuns Ao Vivo
Speak of the Devil (1982)
Tribute (1987)
Just Say Ozzy (1990)
Live & Loud (1993)
Live at Budokan (2002)
Com o Black Sabbath
Black Sabbath (1970)
Paranoid (1970)
Master of Reality (1971)
Volume 4 (1972)
Sabbath Bloody Sabbath (1973)
Sabotage (1975)
Technical Ecstasy (1976)
Never Say Die! (1978)
Reunion (1998) (Ao vivo)
Black Mass EP (1998) (Ao vivo)
Past Lives (2002) (Ao vivo)
[editar]OzzFest
Ozzfest, Vol. 1: Live (1997)
Ozzfest 2001: The Second Millennium (2001)
Ozzfest: Second Stage Live (2001)
Compilações
Best of Ozz (1989)
Ten Commandments (1990)
The Ozzman Cometh (1997)
The Essential Ozzy Osbourne (2003)
Prince of Darkness (Bible Of Ozz) (2005)
Under Cover (2005)
DVD e VHS
The Ultimate Ozzy (Vídeo, 1986)
Wicked Videos (Vídeo, 1988)
The Tower Teather, Philadelphia, PA (VHS Live - No Rest For The Wicked Tour, 1989)
Gotthenburg (Pro Cam - 1 Camera - Live, 1989)
Moscow Music Peace Festival (Pro TV - Live, 1989)
Don't Blame Me: The Tales of Ozzy Osbourne (DVD e VHS, 1991)
Live & Loud (DVD e VHS, 1993)
OzzFest, Vol. 1: Live (DVD e VHS, 1997)
Hard 'N' Heavy - Volume 1 (DVD, 2001)
Rock Survivors (DVD e VHS, 2001)
Live At Budokan (VHS e DVD, 2002)
Ozzfest: 10th Anniversary (2005)
EPs, Singles e Bootlegs
Mr. Crowley Live (EP, 1980)
Mr. Crowley (Single, 1981)
Crazy Train (Single , 1981)
Other Side of Ozzy Osbourne (EP, 1984)
Shot in the Dark/You Said It All (Single, 1986)
No More Tears (Cassette Single, 1991)
Time After Time (Single, 1992)
Mama I'm Coming Home (Single, 1992)
Changes (Single, 1993)
I Just Want You (Single, 1996)
Louder Than Everything (Bootleg, 1996)
Gets Me Through/No Place For Angels (Single, 2001)
Dreamer (Single, 2002)
Demon Alcohol (Single, 2002)
I Don't Wanna Stop (Single, 2007)
Let Me Hear You Scream (Single 2010)

Ozzy Osbourne

Aos vinte anos montou sua primeira banda, o Polka Tulk, que mais tarde ganhou o nome de Earth. No repertório, blues e rock com influências das bandas Cream, Blue Cheer e Vanilla Fudge, recebe as alcunhas de "O Pai do Heavy Metal" e "Príncipe das Trevas", sendo assim idolatrado.
E em 1969, após descobrir a existência de uma banda homônima, Anthony "Tony" Iommi (guitarra), William "Bill" Ward (bateria), John "Ozzy" Osbourne (vocais) e Terence "Geezer" Butler (baixo) decidem adotar outro nome. A idéia surgiu a partir do título de uma história do escritor Dennis Wheatley (que também inspirou a composição de Butler), nascendo então o Black Sabbath.
O nome e a temática do Black Sabbath surgiu quando todos os integrantes andavam pela "cidade natal" da banda. Quando passaram em frente a um cinema no qual estava passando um filme de terror. Ozzy e Tony pensaram "As pessoas pagam para ver isso? Para sentir medo? Pode ser que dê certo" e então puseram o nome do cinema na banda e desde então compuseram músicas sobre a morte, o Diabo e coisas do gênero.
Fonte: Sbgbite oficial da banda.
Após nove anos junto ao Black Sabbath, o oitavo álbum da banda, “Never Say Die!” (1978), veio para marcar a saída de Ozzy. Decidido a seguir carreira solo, ele forma o Blizzard of Ozz juntamente o guitarrista Randy Rhoads, o baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake, sendo que o primeiro álbum, de mesmo nome, foi lançado na Inglaterra em fita demo, no ano de 1980 e nos EUA e no resto do mundo, no ano seguinte, pelo selo Jet Records, da CBS.
O vocal personalíssimo de Ozzy somado ao talento inovador de Randy Rhoads renderam a sétima posição na parada inglesa e a vigésima primeira na norte-americana para os hits “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. Impulsionados pelo sucesso nas vendas de seu debute, entre fevereiro e março de 1981, Ozzy e a banda voltaram ao estúdio para a gravação de seu segundo álbum, mas como a turnê do trabalho anterior estava pendente, o já intitulado “Diary of a Madman” acabou feito às pressas. O ensaio do solo de Rhoads na música “Little Dolls”, por exemplo, virou versão oficial. Além do que, nenhum dos integrantes da banda chegou a participar da mixagem final do álbum.
Para a turnê norte-americana - que acabou acontecendo somente um mês e um dia após a gravação do “Blizzard of Ozz” -, Tommy Aldridge (baterista) e Rudy Sarzo (baixo) substituíram Daisley e Lee Kersbglake. Devido a grande vendagem do álbum - que alcançou 500 mil cópias em menos de cem dias, Ozzy e Sharon decidiram estender a turnê, porém, muitos shows tiveram que ser cancelados, já que pouquíssimos ingressos foram vendidos e o dinheiro arrecadado não foi suficitente nem para pagar a banda.
Com o lançamento do segundo álbum, deu-se início a turnê pela Europa, só que três apresentações depois, Ozzy teve um colapso nervoso e todos retornaram aos EUA para que ele pudesse descansar. Recuperado e com uma super produção de 25 técnicos da Broadway e Las Vegas, recursos de última geração para o palco e seis mil cópias do primeiro álbum sendo vendidas a cada semana, Ozzy voltou à ativa.


Osbourne em Cardiff, 1981
Vale destacar que foi nessa época um dos acontecimentos que mais marcou a carreira do artista. Tudo aconteceu quando um fã, durante o show, atirou um morcego ao palco e Ozzy, acreditando se tratar de um artefato de plástico, mordeu a cabeça do animal e acabou tendo que tomar várias injeções anti-rábicas. O medicamento causou-lhe choques anafiláticos, entre outros problemas de saúde. Chegou-se até a ser divulgada a sua morte, que foi desmentida pelo próprio vocalista. Em resposta, Ozzy Osbourne, de forma irônica, disse saber que pessoas podem morrer de raiva após serem mordidas por morcegos, mas que nunca ouviu falar que alguém pode morrer de raiva por ter mordido um morcego. Além disso, a grande repercussão por parte da imprensa sensacionalista levou entidades de proteção aos animais a protestarem contra os shows, inclusive, alguns tiveram que ser cancelados. Mesmo com tantos incidentes, a turnê continuou.
Em meio à ascensão pungente da banda, um fato trágico estava por vir. No dia 19 de março de 1982, durante uma parada na viagem que levaria Ozzy a Orlando (Flórida) para um show, parte da banda decidiu descansar a bordo do ônibus e o motorista, que também tinha licença para pilotar, convidou Jake Duncan e Don Airey para fazer um passeio aéreo e ao aterrissar, estendeu o convite a Randy Rhoads e Rachel Youngblood (maquiadora).
Acredita-se que o piloto, ressentido pelo conturbado divórcio, tenha visto sua ex-esposa entrando no ônibus e decidiu lançar o avião contra o veículo. O ônibus onde estavam Ozzy, sua esposa e outros membros da banda não ficou muito danificado e ninguém ficou ferido, mas o avião explodiu, matando todos os passageiros. Ozzy entrou em profunda depressão com a perda de Randy Rhoads (seu melhor amigo) e decidiu adiar seus planos para o lançamento de um álbum ao vivo com o material gravado durante os shows, optando por uma coletânea de clássicos do Black Sabbath com o guitarrista Brad Gillis (Night Ranger), que ganhou o nome de “Speak of the Devil” nos EUA e “Talk to the Devil”, na Inglaterra.
Livre dos compromissos com a Jet Records, Ozzy assinou contrato com a Epic Records e Sharon decidiu que seria interessante um pouco de publicidade. A idéia inicial era que Ozzy soltasse duas pombas durante um encontro com os executivos da gravadora só que, a despeito dos acontecimentos com o morcego, Ozzy libertou uma das pombas e arrancou a cabeça da outra a dentadas.
No final de 1983, com Jake E. Lee à frente das guitarras, Ozzy grava o “Bark at the Moon”, que apesar das críticas positivas, embarcou nos modismos da época com constantes aparições na MTV e uma turnê com o Mötley Crüe, deixando para trás o classicismo das composições de Randy Rhoads. Muito longe dos palcos, em outubro de 1984, John M. de 19 anos comete suicídio e, de acordo com a polícia, a música “Suicide Solution” ainda tocava em seus fones de ouvido quando o corpo fora encontrado. Dois anos depois, três processos de incitação ao suicídio vieram à tona e, em janeiro de 1986, através de seu advogado Thomas Anderson, a família de John acusou Ozzy de no documentário “Don’t Blame Me”, utilizar uma técnica conhecida como “Hemisync”, que consiste em sincronizar as ondas de ambos os hemisférios cerebrais para se atingir estados alterados de consciência, tornando o ouvinte aberto às sugestões e capaz de vívidas alucinações. O processo durou praticamente um ano e foi arquivado pela Suprema Corte da Califórnia. Curiosamente, a música “Suicide Solution”, escrita após a morte de Bon Scott (vocalista do AC/DC) por hipotermia, após dormir bêbado em seu carro durante uma noite de inverno, adverte sobre os perigos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Nesse mesmo ano, Ozzy lança o álbum “The Ultimate Sin” com a substituição de Tommy Aldridge por Randy Castillo e de Bob Daisley por Philip Soussan. Apesar do sucesso da música “Shot in the Dark”, o álbum é considerado medíocre pela maioria da crítica e pelo próprio vocalista. Já em 1987, motivada pelas centenas de cartas de fãs interessados em material inédito do guitarrista, a mãe de Randy Rhoads entra em contato com Ozzy que decide reunir seus arquivos e enviá-los a Max Norman – produtor de seus três primeiros álbuns. O resultado foi o lançamento do tributo a Randy Rhoads (“Tribute”).
Apesar do sucesso, eram freqüentes as discussões entre Lee e Ozzy devido ao péssimo comportamento do vocalista, cada vez mais envolvido com bebidas e drogas. Fatos que levaram a substituição do guitarrista por Zakk Wylde, pouco antes da gravação do “No Rest for the Wicked”. O álbum, por sua vez, obteve críticas excelentes e além do sucesso de “Crazy Babies” e “Breaking All the Rules”, destacou-se a música “Miracle Man”, onde Ozzy critica a hipocrisia de Jimmy Swaggart - pastor evangélico que fazia pregações contra ele em seu programa de TV, e que alguns anos depois foi descoberto frequentando um motel com prostitutas.
No final da década de 80, foi cogitada uma reunião histórica entre Ozzy e Black Sabbath, após uma apresentação em Donington, Inglaterra (apresentação que valeu a saída do vocalista Dio), mas problemas entre Sharon e os empresários do Sabbath impediram uma reunião definitiva.
Em março de 1990, Geezer se juntou a Ozzy para o lançamento do álbum “Just Say Ozzy” que combinava canções do “No Rest for the Wicked” e sucessos do Black Sabbath. O ano seguinte foi de grandes mudanças na vida pessoal do artista, já que Ozzy começou uma árdua batalha contra o alcoolismo. Reflexos dessa iniciativa ficaram nítidos em seu álbum subsequente, “No More Tears”, repleto de baladas (“Mama, I'm Coming Home” e “Time After Time”), letras autobiográficas (“Road to Nowhere”) e discussões sobre assuntos relevantes como, por exemplo, o abuso sexual de crianças ("Mr. Tinkertrain"). fvfv Os frutos dessa iniciativa se confirmaram através do Grammy de melhor música para “I Don't Want to Change the World”. Além de surpreender todos com essa nova postura, Ozzy intitulou sua turnê de “No More Tours” (“Sem mais turnês”), o que levou seus fãs a crerem que aquele seria seu último álbum. Em várias entrevistas, ele afirmava que estava cansado das viagens e gostaria de ficar mais com a família. Na época, acompanhado pelo guitarrista Zakk Wylde, o baterista Randy Castillo e o baixista Mike Inez, o "madman" chegou a cancelar shows devido à síndrome de abstinência da bebida. Isso não impediu que algumas apresentações fossem compiladas e transformadas em um álbum duplo (e seu respectivo vídeo), o “Live and Loud”.
Em novembro de 1992, na Califórnia, durante o show que seria um dos últimos da turnê (e da carreira de Ozzy), todos os membros originais do Black Sabbath surpreenderam o público ao entrar no palco e apresentar quatro clássicos: “Black Sabbath”, “Fairies Wear Boots”, “Iron Man” e “Paranoid”. Ao final do espetáculo, um painel de fogos de artifícios explodia na seguinte frase: "I'll be back" ("Eu voltarei"). Um vídeo foi gravado somente com as músicas resultantes da inusitada apresentação dos membros do Sabbath, e a turnê rendeu além de milhares de dólares, presenças ilustres como: Nicolas Cage, Rod Stewart e Vince Neil e, em 1993, Ozzy estava oficialmente aposentado. Em 1992 Ozzy Osbourne ficou nas paradas com a música "Mama, I'm Coming Home".
A aposentadoria não durou muito e, mesmo levando alguns fãs a crer que tudo não havia passado de uma jogada de marketing, Ozzy decidiu reunir novamente sua banda. Em 1995, era lançado o “Ozzmosis”, produzido por Michael Beinhorn. A princípio, Zakk Wylde (ocupado com sua banda Pride and Glory) dividiria seu posto com Steve Vai, só que devido a problemas com a gravadora, apenas a música “My Little Man” tem a participação de Vai. A turnê, por sua vez, levou o sugestivo nome de “Retirement Sucks” - alusão, ou melhor, explicação ao retorno de Ozzy. Zakk foi convidado a participar da turnê, mas por estar negociando com o Guns and Roses acabou sendo substituído por Joe Homes (ex-David Lee Roth). Geezer Buttler também não durou muito (devido a problemas familiares) e deu lugar a Mike Inez.


Osbourne em 2008
Além da turnê, no final de 1996, Ozzy e Sharon promoveram a primeira edição do OzzFest, onde se apresentaram (entre outros): Sepultura, Slayer, Powerman 5000, Biohazard, Fear Factory e Cellophane. No ano seguinte (1997), o OzzFest ganhou uma segunda edição com dois palcos, onde se apresentaram bandas das mais diversas vertentes do metal. No palco principal: Powerman 5000, Fear Factory, Type O Negative, Pantera, Ozzy Osbourne (Mike Bordin, Robert Trujillo e Joe Holmes), Black Sabbath (Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler) e Marilyn Manson (que foi retirado de algumas apresentações devido à pressão das autoridades). No segundo palco, bandas mais undergrounds como: Drain S.T.H., Machine Head, Coal Chamber e Neurosis.
De volta ao estúdio, Ozzy gravou uma coletânea com seus grandes sucessos (The Ozzman Cometh: Greatest Hits, 1997), além de três músicas inéditas, sendo uma delas “Back on Earth” em parceria com Steve Vai. Não satisfeito, ele decidiu reunir os membros originais do Black Sabbath e gravar um álbum ao vivo, o Reunion (lançado em 1998) e ainda fazer um dueto com o rapper Busta Rhymes re-editando o clássico "Iron Man", que ganhou o nome de “This Means War!!” e faz parte da coletânea Extinction Level Event (The Final World Front). O OzzFest continuou e, na edição de 1998, participaram Ozzy, Tool, Soulfly, Coal Chamber, Limp Bizkit, Sevendust, Motorhead, Incubus, Life of Agony, Snot, Ultraspank, entre outras bandas - pois o festival ganhou uma versão européia. Em 1999, o Black Sabbath - que continuava em turnê -, ainda era a principal atração do OzzFest, mas rumores afirmavam que aqueles seriam os últimos shows da banda. Paralelamente, Ozzy lançou bonecos e apetrechos temáticos, seguindo os passos de bandas como Kiss.
As 29 apresentações (em cidades diferentes) do OzzFest 2000 foram um sucesso. Ozzy era a atração principal, seguido por ícones como Pantera, Godsmack, System of a Down Methods of Mayhem e P.O.D.. Em 2001, surgiu a notícia que o Black Sabbath estava prestes a gravar um novo álbum em estúdio, sucessor do Never Say Die de 1978, com produção de Rick Rubin. Infelizmente, a gravadora Epic cancelou os projetos de Ozzy até que ele terminasse seu novo trabalho solo. Para evitar problemas, os fãs foram "calados" pela coletânea dupla “Ozzfest: Second Stage Live” que incluía a maioria das bandas que participaram do festival em 2000, além de raridades do primeiro OzzFest, em 1996. No final de 2001, Down to Earth foi lançado e pela décima quarta vez Ozzy recebeu o "disco de ouro" da R.I.A.A por atingir 500 mil cópias vendidas. Em 2002, a MTV americana começou a apresentar The Osbournes - uma espécie de reality show gravado na casa de Ozzy, onde câmeras registraram seis meses de convivência familiar do roqueiro, sua esposa e filhos. Em 12 de abril, Ozzy recebeu uma estrela na calçada da fama em Hollywood, além de ser convidado para um jantar na Casa Branca, com o objetivo de promover seu trabalho de proteção aos animais.
Em 2007 foi lançado o álbum Black Rain, muito bem aceito pela critica e fez Ozzy ser eleito o maior ícone da música.
Em 2008 Ozzy fez um show no Brasil, recebeu também o prêmio de lenda viva pelo Classic Rock Awards, na Inglaterra. Recentemente, Ozzy Osbourne gravou um comercial sobre World of Warcraft. No comercial, mostra Ozzy Osbourne em frente ao Lich King decidindo quem é o principe das trevas.

Jimi Hendrix (o mais bixo bom )

James Marshall "Jimi" Hendrix (nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, 27 de novembro de 1942– Londres, 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano. Frequentemente é citado por críticos e outros músicos como o maior guitarrista da história do rock, e um dos mais importantes e influentes músicos de sua era, em diferentes diversos gêneros musicais. Depois de obter sucesso inicial na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos depois de sua performance em 1967 no Festival Pop de Monterey. Hendrix foi a principal atração, dois anos mais tarde, do icônico Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wight, em 1970. Hendrix dava preferência a amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos, e ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia. Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal wah-wah no rock popular, que ele utilizava frequentemente para dar um timbre exagerado a seus solos, particularmente com o uso de bends e legato baseados na escala pentatônica. Foi influenciado por artistas de blues como B.B. King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Albert King e Elmore James, guitarristas de rhythm and blues e soul como Curtis Mayfield, Steve Cropper, assim como de alguns artistas do jazz moderno.Em 1966, Hendrix, que tocou e gravou com a banda de Little Richard de 1964 a 1965, foi citado como tendo dito: "Quero fazer com minha guitarra o que Little Richard faz com sua voz.
O guitarrista mexicano Carlos Santana sugeriu que a música de Hendrix poderia ter sido influenciada por sua herança parcialmente indígena Como produtor musical, Hendrix também inovou ao usar o estúdio de gravação como uma extensão de suas ideias musicais. Foi um dos primeiros a experimentar com a estereofonia e phasing em gravações de rock.
Hendrix conquistou diversos dos mais prestigiosos prêmios concedidos a artistas de rock durante sua vida, e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Uma blue plaque (placa azul) foi erguida, com seu nome, diante de sua antiga residência, na Brook Street, de Londres, em setembro de 1997. Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Hollywood Boulevard, 6627) foi dedicada a ele em 1994. Em 2006 seu álbum de estreia nos Estados Unidos, Are You Experienced, foi inserido no Registro Nacional de Gravações, e a revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.Hendrix também foi a primeira pessoa a fazer parte do Hall da Fama da Música Nativo-Americana.

Meu disco

A revista britânica Classic Rock elegeu as 100 melhores canções de rock de todos os tempos. Confira a lista abaixo :


“A Million Miles Away” – Rory Gallagher
“Ain’t No Love In The Heart Of The City” – Whitesnake
“All Right Now” – Free
“All Your Love” – John Mayall & The Bluesbreakers
“Am I Evil” – Diamond Head
“Amanda” – Boston
“America” – Simon & Garfunkel
“Anarchy In The UK” – Sex Pistols
“Another Girl, Another Planet” – The Only Ones
“Badge” – Cream
“Bitter Suite” – Marillion
“Blood On Blood” - Bon Jovi
“Breadfan” – Budgie
“Cause We’ve Ended As Lovers” – Jeff Beck
“Closer To The Heart” – Rush
“Cochise” – Audioslave
“Cortez The Killer” – Neil Young & Crazy Horse
“Cowboys From Hell” – Pantera
“Crazy Train” – Ozzy Osbourne
“Dallas 1pm” – Saxon
“Day In The Life” – The Beatles
“Diamond Dogs” – David Bowie
“Do You Love Me” – Kiss
“Don’t Believe A Word” – Thin Lizzy
“Don’t Stop Believing” – Journey
“Down Payment Blues” – AC/DC
“Echoes” – Pink Floyd
“Epic” – Faith No More
“Even Flow” – Pearl Jam
“Everlong” – Foo Fighters
“Faith Healer” – Sensational Alex Harvey Band
“Green Grass And High Tides” – The Outlaws
“Hassan I Sabha” – Hawkwind
“Heart Of The Sunrise” – Yes
“Hello, It’s Me” – Todd Rundgren
“How Does It Feel” – Slade
“How Does It Feel To Feel” – The Creation
“I Am The Sword” – Motörhead
“I Believe In A Thing Called Love” – The Darkness
“I Can See For Miles” – The Who
“Jeepster” – T.Rex
“Joan Crawford” – Blue Oyster Cult
“Jump” – Van Halen
“Just Got Paid” – ZZ Top
“Kashmir” – Led Zeppelin
“Killing Yourself To Live” – Black Sabbath
“Lil’ Devil” – The Cult
“Little Wing” – Jimi Hendrix
“Looking At You” – MC5
“Looking For A Kiss” – New York Dolls
“Love Buzz” – Nirvana
“Love Walked In” – Thunder
“Magic Carpet Ride” – Steppenwolf
“Man In The Box” – Alice In Chains
“Man Of The World” – Fleetwood Mac
“Mandolin Wind” – Rod Stewart
“Mistral Wind” – Heart
“Muscle And Blood” – Hughes/Thrall
“My Iron Lung” – Radiohead
“Mystery Song” – Status Quo
“Nat Neat Neat” – The Damned
“Nine Lives” – Aerosmith
“Now I’m Here” – Queen
“Orion” – Metallica
“Out In The Street” – UFO
“Outshined” – Soundgarden
“Peace Frog” – The Doors
“Pool Hall Richard” – The Faces
“Positively 4th Street” – Bob Dylan
“Radar Love” – Golden Earring
“Rainbow In The Dark” – Dio
“Re-Make/Re-Model” – Roxy Music
“Rime Of The Ancient Mariner” – Iron Maiden
“Rock Candy” - Montrose
“Rockaway Blues” – Ramones
“Saturday Gigs” – Mott The Hoople
“Search And Destroy” – The Stooges
“Shooting Star” – Bad Company
“Sinner” – Judas Priest
“Some Kind Of Wonderful” – Grand Funk Railroad
“Speed King” – Deep Purple
“Stargazer” – Rainbow
“Starless” – King Crimson
“Stay Free” – The Clash
“Sultans Of Swing” – Dire Straits
“Supper’s Ready” – Genesis
“Sweet Jane” – Velvet Underground
“The Wild One, Forever” – Tom Petty And The Heartbreakers
“The Zoo” – Scorpions
“Thunder Road” – Bruce Springsteen
“Times Of Trouble” – Temple Of The Dog
“Tin Soldier” – Small Faces
“Tuesday’s Gone” – Lynyrd Skynyrd
“Tumbling Dice” – The Rolling Stones
“Under My Wheels” – Alice Cooper
“Up Around The Bend” – Hanoi Rocks
“Village Green Preservation Society” – The Kinks
“Wasted” – Def Leppard
“Welcome To The Jungle” – Guns N’ Roses
“Willin’” – Little Feat

Moda Rock 2010






A Moda Rock em 2010 ganhou força e se tornou tendência principalmente no inverno moda roqueira mistura as estampas em xadrez, que podem estar em saias ou calças, com jaquetas pretas, tachas, camisetas dos ídolos, coturnos e botas.

sábado, 17 de julho de 2010

Era uma vez um bando de mulheres no rock

Há poucos dias vazou na web o clipe de Cherry Bomb, clássico das Runaways, na voz de Dakota Fanning, a atriz que viverá a blond bombshell Cherie Currie da icônica banda da década de 70. O clipe, além de mostrar que a atriz leva jeito pra coisa, já dá uma idéia de que o filme não poupará os detalhes mais sórdidos da biografia dessas cinco garotas que revolucionaram o rock – e promete fazer muita fã de Crepúsculo sair apavorada dos cinemas.

Surgida em 1975, a banda The Runaways foi uma espécie de The Yarbirds do rock feminino. Conseguiu juntar em sua formação duas titânidas das seis cordas: Joan Jett e Lita Ford, além da grande baterista Sandy West, a baixista Micki Steele e é claro, Cherie Currie nos vocais. À época do debut da banda, a idade média das integrantes variava entre 15 e 17 anos, algo realmente impressionante levando em conta a maturidade musical das garotas.

Embora tenha conseguido relativo sucesso (chegaram a abrir os shows do Van Halen e viraram verdadeiras heroínas no Japão), a banda se consumiu nos próprios excessos e acabou tendo vida curta: durou até 1979. A atitude polêmica e feminista demais para os padrões da época acabou encobrindo o que a banda tinha de mais relevante: a qualidade sonora. Riffs marcantes, viradas matadoras e solos poderosos aliados aos vocais cheios de atitude Joan e Cherie (e posteriormente só de Joan, após Cherie ter deixado a banda) marcaram os quatro álbuns de estúdio da banda, dando aos fãs uma aula de rock’n’roll e rebeldia e fazendo muitos machos parecerem menininhas dentro do selvagem cenário do rock.

O filme, produzido pelas ex-integrantes Joan Jett e Cherie Currie e cuja estréia nos EUA está prevista para abril, vem para apresentar essa injustiçada banda às novas gerações. Há quem diga que o filme tem um gostinho de “Não Esqueça Minha Calói”, no caso, o Rock’n’Roll Hall of Fame. Porém, a despeito dos interesses das integrantes por trás da produção, as Runaways realmente merecem uma segunda chance de conseguir o devido reconhecimento e o filme, estrelado pelas badaladíssimas Dakota Fanning e Kristen Stewart (nos papéis de Cherie Currie e Joan Jett, respectivamente) tem tudo para devolver o brilho às rainhas da rebeldia.

Apesar do filme ter sido produzido por duas integrantes da formação original – o que deveria garantir sua fidelidade à história – o fã mais atento vai sentir que a importância de Lita Ford foi relativamente reduzida na produção, a começar pela escalação do elenco: enquanto Joan e Cherie são interpretadas por duas verdadeiras musas teen de Hollywood, o papel de Lita fica a cargo da desconhecida Scout-Taylor Compton. Tal fato se deve aos desentendimentos que a guitarrista Lita Ford teve com suas ex-companheiras de banda, que a afastaram da produção do filme e talvez prejudiquem a percepção que a nova geração terá de seu papel dentre as fugitivas.

Mesmo esses pequenos desentendimentos parecem que não tirarão o brilho do filme. Segundo as ex-integrantes e os roteiristas, a atitude, a rebeldia, as drogas e até mesmo o breve e polêmico romance entre Joan e Cherie serão devidamente retratados nas telonas, embalados pelo som cheio de energia das rockeiras adolescentes. A direção fica por conta de Floria Sigismondi, famosa pela direção de clipes de artistas como The Raconteurs, Björk, David Bowie, Marilyn Manson e Christina Aguilera.

Enquanto o filme não ganha data de estréia no Brasil, o jeito é se contentar com o som das Runaways originais e seus hinos inesquecíveis como Cherry Bomb, Rock’n'Roll, Dead End Justice, Queens of Noise, Neon Angels (On the Road to Ruin), Born to be Bad, School Days e Johnny Guitar.



Mulheres no Rock Sim !

Depois da revolução dos anos 60, da luta pela liberdade sexual, invenção da pílula, a luta pela igualdade entre os sexos, pensou-se que talvez a mulherada começasse a se destacar mais em relação aos homens na música. Mas mesmo assim as meninas até hoje são quase sempre relegadas a um segundo plano no rock. Esse post é dedicado as mulheres rock n’ roll. Porque com tanto macho se achando por aí, fica difícil se tornar uma menina rocker de verdade.

A Janis Joplin foi a primeira a tentar acabar com o preconceito contra as mulheres na música. Com uma voz poderosa e versões muito próximas ao blues, ela viveu o auge do sexo, das drogas e do rock and roll até morrer em 1970.

As The Runaways começaram em 75, trazendo graça e sensualidade ao universo rocker. O primeiro álbum, “Runaways”, que trazia Joan Jett (vocais e guitarras) em 82, chegou ao primeiro lugar das paradas americanas com o sucesso “I Love Rock And Roll”.

Dizem por aí que as mulheres que construíram carreiras mas sólidas são justamente as que optaram por posturas mais pop. Um exemplo é o Blondie, de Deborah (Debbie) Harry, que vendeu mais de 40 milhões de álbuns ao redor do mundo.

Falta de apoio das gravadoras, de público e de espaços decentes para tocar são só alguns dos entraves mais correntes encontrados pelas bandas femininas no Brasil. Das que conseguiram destaque no início dos anos 90, poucas avançaram além do circuito alternativo.

Enfrentando uma sociedade machista e preconceituosa, elas foram aparecendo aos poucos e, apesar de serem bem aceitas hoje, ao menos no meio artístico, ainda são alvo de discriminação e encontra-se poucos bons grupos de mulheres por aí.

Aqui no Brasil, temos nomes de peso como a pioneira Rita Lee, a já falecida Cássia Eller, Paula Toller (Kid Abelha), Fernanda Takai (Pato Fu), e a guitarrista Syang só citando algumas mulheres que fizeram história.

Algumas bandas femininas que eu recomendo são: The Donnas, The Pipettes, Pupinni Sisters e Sahara Hotnights.

Não existe a possibilidade de as pessoas não reconhecerem o valor das meninas no rock, ou seja lá o estilos que for, Pop, Rap ou MPB etc. As pessoas precisam reconhecer e incentivar as mulheres no rock e na música. Torço pra que cada vez mais existam meninas empunhando uma guitarra, violão, cantando seja lá o que for, mas fazendo valer o lugar das meninas ao sol.Depois da revolução dos anos 60, da luta pela liberdade sexual, invenção da pílula, a luta pela igualdade entre os sexos, pensou-se que talvez a mulherada começasse a se destacar mais em relação aos homens na música. Mas mesmo assim as meninas até hoje são quase sempre relegadas a um segundo plano no rock. Esse post é dedicado as mulheres rock n’ roll. Porque com tanto macho se achando por aí, fica difícil se tornar uma menina rocker de verdade.

A Janis Joplin foi a primeira a tentar acabar com o preconceito contra as mulheres na música. Com uma voz poderosa e versões muito próximas ao blues, ela viveu o auge do sexo, das drogas e do rock and roll até morrer em 1970.

As The Runaways começaram em 75, trazendo graça e sensualidade ao universo rocker. O primeiro álbum, “Runaways”, que trazia Joan Jett (vocais e guitarras) em 82, chegou ao primeiro lugar das paradas americanas com o sucesso “I Love Rock And Roll”.

Dizem por aí que as mulheres que construíram carreiras mas sólidas são justamente as que optaram por posturas mais pop. Um exemplo é o Blondie, de Deborah (Debbie) Harry, que vendeu mais de 40 milhões de álbuns ao redor do mundo.

Falta de apoio das gravadoras, de público e de espaços decentes para tocar são só alguns dos entraves mais correntes encontrados pelas bandas femininas no Brasil. Das que conseguiram destaque no início dos anos 90, poucas avançaram além do circuito alternativo.

Enfrentando uma sociedade machista e preconceituosa, elas foram aparecendo aos poucos e, apesar de serem bem aceitas hoje, ao menos no meio artístico, ainda são alvo de discriminação e encontra-se poucos bons grupos de mulheres por aí.

Aqui no Brasil, temos nomes de peso como a pioneira Rita Lee, a já falecida Cássia Eller, Paula Toller (Kid Abelha), Fernanda Takai (Pato Fu), e a guitarrista Syang só citando algumas mulheres que fizeram história.

Algumas bandas femininas que eu recomendo são: The Donnas, The Pipettes, Pupinni Sisters e Sahara Hotnights.

Não existe a possibilidade de as pessoas não reconhecerem o valor das meninas no rock, ou seja lá o estilos que for, Pop, Rap ou MPB etc. As pessoas precisam reconhecer e incentivar as mulheres no rock e na música. Torço pra que cada vez mais existam meninas empunhando uma guitarra, violão, cantando seja lá o que for, mas fazendo valer o lugar das meninas ao sol.

domingo, 20 de junho de 2010

ESPECIAL (mulheres no rock )




SARAYA
Sandi Saraya comanda e seu vozeirão manda bem pra caramba. Mais uma ótima representante da mulherada no Hard Rock.

ESPECIAL (mulheres no rock )




NASHVILLE PUSSY
Homens e mulheres dividem o palco. Mas aqui, as girls não tocam guitarra e baixo apenas: elas cospem fogo, comandam o show inteiro e fazem todo tipo de loucura! Sempre ultra turbinadas de silicone e rock n´roll!

ESPECIAL (mulheres no rock )




KITTIE
New Metal feminista e raivoso. Atitude Boys suck e muita cara feia rolando... scream! scream! scream! UHHHHHHHHH!

ESPECIAL (mulheres no rock )



TARJA TURUNEN (Nightwish)
Provavelmente a musa mais desejada pelos metaleiros, Tarja Turunen é sinônimo de beleza e talento. Seu vocal lírico e único torna ela uma das melhores vocalistas no estilo.

ESPECIAL (mulheres no rock )




DORO
Musa do Metal que recentemente lançou um álbum chamado Fight e já está na área desde os anos 80... killer!

ESPECIAL (mulheres no rock )



CINDY LAUPER
Não é rock? É, você até pode dizer que a nossa amiga Cindy está mais para rival da Madonna do que pra rocker, mas a importância da lenda oitentista ae do lado pro rock n´roll é fato. Cindy fazia pop com atitude rock, lutando pelos nossos direitos, afinal Girls Just wanna have fun, certo? E quem não viu ela cantando Another Brick in the wall naquele show incrível do paredão e talz..?

ESPECIAL (mulheres no rock )





D´ARCY (Smashing Pumpkins)
Tocando baixo na banda de Billy Corgan, Darcy sempre foi uma figurinha marcante do rock, contribuindo com suas linhas para a música alterna dos caras. Sem falar do visual dela, impecável e único!


COURTNEY LOVE (Hole)
Para umas, um ídolo, para outras, uma vaca. Courtney é a maior suspeita de ter assassinado Kurt Cobain, ao lado dele mesmo, e é odiada pela maioria das rockers que eu conheço. Mas, po, a bitch já foi atriz pornô, amante do Evan Dando (Lemonheads) e Billy Corgan (Smashing Pumpkins), atriz e líder de uma banda muito legal, que é
o Hole. Well, well...

ESPECIAL (mulheres no rock )




JOAN JETT
Nos anos 80, ela agitou todo mundo cantando que amava rock n´roll. E ninguém duvida! Uma das mulheres mais rockeiras (ao pé da letra) da história. Muito couro, cabelo poodle, homo assumidérrima e dotada de um vozeirão que virou lenda... god damn, she rocks!

ESPECIAL (mulheres no rock )




VIXEN
I want you to rock me, yeaaaah! A banda de hard rock mais legal entre as cor-de-rosa dos anos 80! Um bando de mulheres, sem apelação, tocando pra caramba! Vale muito a pena ouvir. E vale a pena conferir as fotos delas também para ver o visual. Vasculhe o guarda-roupa da sua mãe.... lá no fundo você pode achar umas coisas assim, quem sabe?



NINA HAGEN
Musa punk de voz ardida e dotada de uma atitude que não se encontra por ae em qualquer grrrl não, viu? A última vez que a vi na MTV foi no clipe do Supla. Ela é a famosa Garota de Berlim e até já teve um romance com o papito.

ESPECIAL (mulheres no rock )




LITA FORD
A mulher mais bem vestida do rock!!! Ninguém ficava tão feminina e autêntica num couro quanto a nossa amiga Lita Ford. Rock n´roll grrrl, com atitude e vozeirão! Já pegou o Nikki Sixx inclusive... ah, se inveja matasse! Aliás, onde ela foi parar?

ESPECIAL (mulheres no rock )



JANIS JOPLIN
MUUUUSA! MUUUUSA! Ela é A mulher do rock. O terceiro J do rock anos 60, Janis morreu com apenas 27 anos de overdose. Era louca por drogas e sexo. Ninguém nunca cantou blues como Janis... cada notinha lá do coração, naquela voz rouca inconfundível, única! A mulher mais sex, drugs and rock n´roll que já passou por aqui...

ESPECIAL (mulheres no rock )




SHIRLEY MANSON (Garbage)
Musa absoluta da galera mais alterna, a hiper estilosa Shirley mantém sempre a identidade álbum atrás de álbum no Garbage, sem modismos, just Shirley ;)



RITA LEE
Todo e qualquer brasileiro tem que se orgulhar dessa mulher fantástica que é a Rita! Hiper inteligente, à frente de seu tempo e, literalmente, porra-loca, ela é uma das nossas representantes mais únicas e eternas!

ESPECIAL (mulheres no rock )



CHRISSIE HYNDE (Pretenders)
Uma das mulheres mais irreverentes e marcantes do rock! Chrissie abriu espaço pra uma atitude mais forte entre as rockers :)

ESPECIAL (mulheres no rock )




THE DONNAS
Fazendo um hard, meio punk, com um potencial pop e muuuita responsa, o quarteto, que é novidade nas paradas, tem feito bastante barulho na mídia! Rulez

ESPECIAL (mulheres no rock )




L7
Uma das bandas femininas mais adoradas pela galera até hoje, conquistaram um espaço legal na MTV na época e se consagraram dentro do grunge.

ESPECIAL (mulheres no rock )




SUZI QUATRO
Maravilhooosa! Suzi é um dinossauro (com todo o respeito, auhahuahua) do rock, nome hiper conhecido e, well well, uma lenda de saias.. :)

ESPECIAL ( mulheres no rock)



CHER
Mas é claaaaaro que ela é puro rock n' roll! E não é pelo romance com o Gene Simmons! Nos anos 80, a sensacional Cher fez muito rock siiim! Quem não conhece a farofa de primeira dela, trate mal de conferir! :)

domingo, 25 de abril de 2010

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terça-feira, 20 de abril de 2010

The Beatles




The Beatles foi uma banda de rock britânica, formada em Liverpool em 1960 e um dos atos mais comercialmente bem-sucedidos e aclamados da história da música popular.[1] A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra rítmica e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). Enraizada do skiffle e do rock and roll da década de 1950, a banda veio mais tarde a assumir diversos gêneros que vão do folk rock ao rock psicodélico, muitas vezes incorporando elementos da música clássica e outros em formas inovadoras e criativas. Sua crescente popularidade, que a imprensa britânica chamava de "Beatlemania", fizeram com que eles crescessem em sofisticação. Os Beatles vieram a ser percebidos como a encarnação de ideais progressistas e sua influência se estendeu até as revoluções sociais e culturais da década de 1960.

Com a formação inicial de Lennon, McCartney, Harrison, Stuart Sutcliffe (baixo) e Pete Best (bateria), os Beatles construíram sua reputação nos pubs de Liverpool e Hamburgo durante um período de três anos a partir de 1960. Sutcliffe deixou o grupo em 61, e Best foi substituído por Starr no ano seguinte. Abastecida de equipamentos profissionais moldados por Brian Epstein, que depois se ofereceu para gerenciar a banda, e com seu potencial reforçado pela criatividade do produtor George Martin, os Beatles alcançaram um sucesso imediato no Reino Unido com seu primeiro single "Love Me Do". Ganhando popularidade internacional a partir do ano seguinte, excursionaram extensivamente até 1966, quando retiraram-se para trabalhar em estúdio até sua dissolução definitiva em 1970. Cada músico então seguiu para uma carreira independente. McCartney e Starr continuam ativos; Lennon foi baleado e morto em 1980, e Harrison morreu de câncer em 2001.

Durante seus anos de estúdio, os Beatles produziram o que a crítica considera um dos seus melhores materiais, incluindo o albúm Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967), amplamente visto como uma obra-prima. Quatro décadas após sua dissolução, a música do grupo continua a ser muito popular. Os Beatles tiveram mais álbuns em número 1 nas paradas britânicas do que qualquer outro ato musical. De acordo com a RIAA, eles venderam mais álbuns nos Estados Unidos do que qualquer outro artista. Em 2008, a Billboard divulgou uma lista dos top-selling de todos os tempos dos artistas Hot 100 para celebrar o cinquentenário das paradas de singles dos EUA, e a banda permaneceu em primeiro lugar. Eles já foram honrados com 7 Grammy Awards, e 15 Ivor Novello Awards da BASCA. Os Beatles foram coletivamente incluídos na compilação da revista Time das 100 pessoas mais importantes e influentes do século 20.

Membros
John Lennon (John Winston Lennon nascido em Liverpool, 9 de outubro de 1940, tornado John Winston Ono Lennon quando casado com a artista plástica Yoko Ono em 1969.[8] Foi assassinado em Nova Iorque, em 8 de dezembro de 1980, ao lado do Central Park): fundador do grupo e integrante dele de 1957 - quando ainda era o The Quarrymen - até 1970 (quando os integrantes se separaram antes da dissolução legal da justiça), compositor, cantor, multi-instrumentista tocando piano, guitarra, gaita, instrumentos de percussão, teclados (como clavioline, cravo, mellotron e órgão), baixo (ocasionalmente), violão, maracas, pandeiro (em canções dos álbuns Revolver e Magical Mystery Tour) e tape loops. Compôs muitos dos maiores sucessos dos Beatles, inclusive a canção All You Need Is Love, apresentada na primeira transmissão por satélite ao vivo do mundo e que ainda hoje é um hino para várias gerações.
Paul McCartney (nascido James Paul McCartney em Liverpool, 18 de junho de 1942, tornado Sir James Paul McCartney quando condecorado com o OIB em 1997): compositor, baixista, pianista, cantor, percussionista, guitarrista (ocasionalmente) e baterista (ocasionalmente), membro de 1957 a 1970. McCartney é autor de músicas muito aclamadas dos Beatles. Desde a primeira música do primeiro disco Please Please Me, I Saw Her Standing There, passando por hinos históricos como Hey Jude, Let It Be, Eleanor Rigby, Yesterday, entre outras, até a última música do último álbum dos Beatles, Let It Be, "Get Back", além de idealizar muitas criações conceituais da banda como o álbum Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Formou, com Lennon, a dupla mais celebrada do rock and roll.
George Harrison (nascido George Harold Harrison em Liverpool, 25 de fevereiro de 1943, e morto de câncer em Los Angeles, a 29 de novembro de 2001): compositor, guitarrista solo, cantor, tocava sitar e outros instrumentos da Índia, percussionista, tocava teclado e sintetizador, membro de 1958 a 1970. Harrison tornou-se célebre por introduzir a música indiana no rock and roll, e produziu canções que com o tempo tornaram-se muito famosas: While My Guitar Gently Weeps, Here Comes the Sun, a balada Something e outras. Na década de 1970, Harrison desenvolveu uma carreira solo de grande sucesso, lançando álbuns aclamados pelo público e pela crítica.
Ringo Starr (nascido Richard Starkey em Liverpool, 7 de julho de 1940): baterista, percussionista, cantor, compositor (ocasionalmente), membro de 1962 à 1970. Starr foi o último músico a entrar na banda. Depois de sair dela, ainda nos anos 1970, construiu uma carreira solo de sucesso considerável.
"Quinto Beatle"
"Quinto Beatle" é um termo informal usado pelos fãs da banda e por vários comentaristas da imprensa ou de entretenimento, relacionado a pessoas que tiveram uma forte associação com o "quarteto de Liverpool", com exceção de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Foi e ainda é atribuído a:

Stuart Sutcliffe, pelo seu papel no início do grupo como baixista;
Pete Best, baterista do grupo de 1960 a 1962; substituído por Ringo Starr;
Neil Aspinall, gerente dos Beatles de sua criação até 1963 e, em seguida, seu assistente pessoal. Foi ao leme da empresa Apple Corps de quase quarenta anos antes de aposentar em fevereiro de 2007, um ano antes da sua morte em março de 2008;
Klaus Voormann, artista, amigo dos Beatles e designer das capas do Revolver e do The Beatles Anthology;
Brian Epstein, descobridor do grupo e, em seguida, empresário dos Beatles até a sua morte em 1967;
George Martin, patrono da gravadora Parlophone, uma divisão da EMI, que contrata os Beatles em 1962. Neste ano em diante, ele produziu quase todos os álbuns do grupo, e escreveu a maior parte dos acordos e instrumentação com os Beatles, tocando teclados com frequência. Ele continua, até hoje, produzindo álbuns póstumos, como a série The Beatles Anthology e a compilação Love;
Jimmy Nicol, baterista que substituiu Ringo Starr quando ficou doente, para uma dezena de concertos durante a turnê australiana dos Beatles em junho de 1964;
Derek Taylor, assessor de imprensa e confidente dos Beatles. George Harrison disse em 1988: "Só havia dois 'quinto beatle': Neil Aspinall, e Derek Taylor";
Billy Preston, tecladista que participou da gravação do álbum Let It Be, e também em algumas faixas de Abbey Road (1969).
[editar] História
[editar] 1957-62: Formação
Ver artigo principal: The Quarrymen
Em Março de 1957, empolgado com o skiffle que Lonnie Donegan popularizou com seus sons improvisados, John Lennon criou uma banda composta por colegas da escola Quarry Bank School — que incluía seu melhor amigo na época, Pete Shotton — primeiramente chamada de The Black Jacks, mas logo definida como The Quarrymen (em homenagem à escola).[9] Inicialmente, além dos dois, a banda era composta por Eric Griffths (violão), Bill Smith (baixo improvisado) e Rod Davis (banjo). Em 6 de julho de 1957, Paul McCartney havia assistido uma apresentação da banda em uma festa na Igreja St. Peter, e Ivan Vaughan, amigo de John Lennon e colega de classe de Paul, apresentou-lhe a Lennon; Paul foi convidado a ingressar na banda e, no mesmo ano, mostrou a Lennon a composição "I've Lost My Little Girl".[9] Em 6 de fevereiro de 1958, o jovem guitarrista George Harrison juntou-se à banda,[10] apresentado por Paul que o teria conhecido por acaso num ônibus.[11] Apesar da relutância inicial de Lennon pelo fato de Harrison ser três anos mais novo que ele (na época, com quinze anos),[11] McCartney insistiu depois de uma demonstração de George e este terminou ingressando no grupo. Lennon e McCartney desempenharam a guitarra rítmica durante esse período e, após o baterista oficial do Quarrymen, Colin Hanton deixar a banda, em 1959, depois de uma discussão com os outros membros, teve uma alta rotatividade de bateristas. Stuart Sutcliffe, colega de Lennon numa escola de arte de Liverpool, aderiu ao baixo em janeiro de 1960, a pedido do amigo.[9]

Como Paul e George estudavam no Instituto de Liverpool, não seria mais apropriado chamar a banda por "Quarrymen" e, então, o grupo passou por uma progressão de nomes, incluindo "Johnny and The Moondogs"[b]' e "Long John and The Beatles"[c]'. Sutcliffe sugeriu o nome "The Beetles" como homenagem a Buddy Holly e "The Crickets"[d]. Após uma turnê com Johnny Gentle na Escócia, a banda mudou definitivamente seu nome para "The Beatles". A primeira esposa de John, Cynthia Lennon, argumenta que o título "The Beatles" veio a John no Renshaw Hall bar, depois de ele beber cerveja.[12] Lennon, que era conhecido por dar diversas versões da história, ironizou num artigo da revista Mersey Beat de 1971 que teve uma visão onde "um homem, numa torta flamejante, disse: 'Vocês são Beatles com A'."[13] Durante uma entrevista em 2001, McCartney atribuiu a si o nome definitivo da banda, afirmando que "John tivera a idéia de nos chamar de 'The Beetles'; eu disse: 'por que não Beatles?; você sabe, como a batida do tambor'."[e]'[14]

Em maio de 1960, os então Silver Beetles[f] realizaram uma turnê no norte da Escócia, com o cantor Johnny Gentle, a quem a banda havia conhecido uma hora antes de sua primeira apresentação.[15] McCartney refere-se à viagem como uma grande experiência para a banda.[16] Naquela época os Beatles não tinham um baterista fixo, assim, profissionais desse gênero tocavam para eles apenas em determinadas ocasiões.

1960-62: Hamburgo, o Cavern Club e Brian Epstein

O Indra Club nos dias atuais, onde os Beatles tocaram na primeira visita a Hamburgo, AlemanhaEncontrando-se sem um baterista antes de seu próximo compromisso, em Hamburgo, Alemanha, o grupo convidou Pete Best para assumir a posição em 12 de agosto de 1960. Best tinha até então tocado com o grupo "The Blackjacks" no The Casbah Coffee Club — uma adega em Derby, Liverpool, onde os Beatles tocavam e visitavam algumas vezes — que pertencia à sua mãe, Mona Best.[17] Quatro dias após a entrada de Best, o grupo partiu para Hamburgo; lá, eram obrigados a se apresentarem seis ou sete horas por noite durante sete dias por semena e provavelmente estimulavam-se com bebidas e drogas.[18] O repertório era de covers de rock'n'roll dos anos 1950, basicamente americanos. Em 21 de novembro de 1960, Harrison foi deportado por ter mentido às autoridades alemãs sobre sua idade.[18] Após um incêndio acidental — envolvendo Paul e Pete — no quarto onde dormiam, a polícia os prendeu e os deportou em dezembro.[18] John retornou para Liverpool com eles em meados de dezembro, sem dinheiro e triste.[18] O grupo reuniu-se para uma performance em 17 de dezembro de 1960 no Casbah Club, com Chas Newby, músico que substituía Sutcliffe.[19] Ele havia ficado em Hamburgo, com sua nova paixão – Astrid Kirchherr – que conheceu por lá; embora Sutcliffe tenha voltado a Liverpool no ano seguinte, em fevereiro, para visitar amigos e a família, retornou novamente para o território alemão duas semanas depois.[18] Astrid mudou o corte de cabelo de Stuart e logo John, Paul e George adotaram penteados semelhantes, o que mais tarde se tornaria uma marca registrada da banda.[20]

Os Beatles retornaram a Hamburgo em abril de 1961, com apresentações no "Top Ten Club". Enquanto tocavam nesse local, foram recrutados pelo músico Tony Sheridan a agirem como sua banda de apoio em suas apresentações na Alemanha e numa série de gravações para a Polydor Records Alemã, produzidas pelo famoso Bert Kaempfert.[21] Paul afirmou posteriormente que o grupo chamava Sheridan de "o professor"; foram as primeiras gravações dos Beatles.[21] Mais tarde, Tony foi premiado com o disco de ouro pela vendagem acima de um milhão de cópias do LP Tony Sheridan and The Beatles.[21] Quando o grupo retornou a Liverpool, Sutcliffe permaneceu em Hamburgo, mais uma vez, com Kirchherr. McCartney assumiu as funções de baixista.[18][22]


The Cavern Club, Liverpool, Inglaterra, em 2008: local onde os Beatles fizeram cerca de 292 apresentações e onde começaram a definir sua carreiraRetornando à Liverpool, o grupo realizou sua primeira aparição no famoso The Cavern Club, numa terça-feira de 21 de fevereiro de 1961.[23] A banda se apresentou 292 vezes no Cavern Club entre 1961 e 1963.[24] Em 9 de novembro de 1961, Brian Epstein, dono da loja de música North End Music Store (NEMS) na Great Charlotte Street, viu o grupo pela primeira vez no clube. Intrigado com o som da banda, e maravilhado com seu carisma (sobretudo o de John), Epstein decidiu empresariá-los.[25]

Em uma reunião com os Beatles na NEMS, em 10 de dezembro de 1961, Epstein propôs a ideia de gestão da banda.[26] Os Beatles assinaram um contrato de cinco anos com Epstein em 24 de janeiro de 1962 e ele se tornou o empresário oficial deles.[27] Com Brian Epstein como empresário do grupo, o primeiro passo foi mudar a imagem dos integrantes, substituindo as roupas de couro por algo mais formal.[28] Epstein conduziu a procura dos Beatles na Inglaterra em encontrar um contrato de gravação. Ele era gerente do departamento de gravações da NEMS, ramo que seu avô deixou de herança, uma loja de instrumentos musicais, discos de música, entre outras coisas. Nessa época, ele apostou no status da NEMS como uma importante distribuidora para obter acesso a empresas de gravações e a produtores executivos. O executivo Dick Rowe, da agora famosa troca Decca Records A&R, respondeu-lhe na época que "bandas com guitarras estão fora de moda, Sr. Epstein".[29][30]

Enquanto Epstein negociava com a Decca, ele também abordou o executivo de marketing Ron White, da EMI.[31] White, que não desempenhava a função de produtor musical na gravadora, por sua vez, contatou os produtores Norrie Paramor, Walter Ridley e Norman Newell (todos da EMI) e todos os três negaram produzirem gravações dos Beatles. Contudo, White não havia abordado o quarto produtor da EMI, e também administrador — George Martin — que estava de férias na época.[32] Os Beatles voltaram à Hamburgo a partir de 13 de abril a 31 de maio de 1962, onde fizeram uma apresentação de abertura no The Star Club.[33] Após a chegada, foram informados que Stuart Sutcliffe estava morto devido a uma hemorragia cerebral.[34]

1962: Contrato de gravação e Ringo Starr

Entrada do prédio do estúdio de gravações Abbey Road Studios em 2007: local onde os Beatles gravaram durante toda sua carreira e onde mostraram pela primeira vez a George Martin o que sabiam fazerAinda abalados com a morte de Stuart e sem perspectivas de progresso profissional, os Beatles continuaram a fazer shows em Hamburgo e Liverpool, mas visivelmente desanimados..[35] Enquanto isso, depois de não conseguir impressionar a Decca Records, Epstein foi para a loja HMV na Rua Oxford, em Londres, e transformou os teipes que havia utilizado na Decca em um disco. Epstein conseguiu encontrar com George Martin da Parlophone (subsidiária da EMI) e levou o material. Martin, interessado no som da banda e, segundo o próprio, "considerado um produtor rebelde e independente à época",[25] aceitou uma audição. A banda então assinou um contrato de um ano, renovável, com a EMI.[36] A primeira sessão de gravação dos Beatles na EMI com Martin foi marcada no dia 6 de junho de 1962, no famoso Abbey Road Studios, no norte de Londres.[37] Musicalmente, George Martin não se impressionou com os Beatles, mas a personalidade dos integrantes lhe agradou.[38] Ele concluiu que a banda tinha um talento cru e muito humor, e que poderia melhorar musicalmente.[39]

Martin resolveu contratá-los, mas teve um problema com Pete Best, considerando-o, à época, "fraco".[28] Martin sugeriu a Epstein, particularmente, que utilizassem outro baterista nos estúdios no lugar do atual. Assim, a conclusão foi de que Martin contrataria um baterista para as gravações, enquanto Brian poderia usar Pete Best nas apresentações.[28] Isso ocorreu, principalmente, pelo fato de que os fãs dos Beatles na época não poderiam suportar vê-los sem Best.[28][40] Os três membros-fundadores da banda – George, Paul e John – pediram a Brian que ele demitisse Pete Best, e foram atendidos.[41] No dia 16 de agosto de 1962, Pete chega ao escritório de Brian, e esse lhe diz: "George [Martin] não quer você no grupo", o que deixa Neil Aspinall – motorista nas excursões da banda – furioso.[28] A partir disso, o grupo começou a cogitar alguns nomes para assumir a função de baterista. Entre esses nomes, estavam o de Johnny Hutchinson, que recusou por ser amigo de Pete.[28] A grande esperança deles foi convidar Richard Starkey – conhecido como Ringo Starr – que já era baterista da famosa "Rory Storm and the Hurricanes", e que também já havia tocado com os Beatles em algumas apresentações de Hamburgo.[42] Em 19 de agosto, três dias após a demissão de Pete, Ringo, definitivamente como baterista, tocou com os Beatles no Cavern; a apresentação gerou confusão, pois o público repudiou a nova formação, e chegaram a gritar "Pete para sempre, Ringo nunca!", e "queremos o Pete!"; Harrison teria sido agredido nessa apresentação.[28]


O Abbey Road Studios lateralmente, focando o estacionamento, em 2007: com o "Please Please Me", lançado em 22 de março de 1963 e gravado entre 11 de setembro de 1962 a 11 de fevereiro de 1963, a banda gravou profissionalmente pela primeira vez neste prédio.A primeira gravação dos Beatles com Lennon, McCartney, Harrison e Starr juntos aconteceu em 15 de outubro de 1960, na demonstração de uma série de gravações registradas particularmente em Hamburgo, onde atuaram simultaneamente como grupo de apoio da cantora Lu Walter.[43] Starr tocou com os Beatles em sua segunda sessão de gravação na EMI, em 4 de setembro de 1962, e Martin "alugou" o baterista Andy White – que já havia tocado com Bill Halley em 1957, apresentação que Paul assistiu em Liverpool[44]–para tocar na próxima sessão, no dia 11 de setembro.[45] A única apresentação realizada por White foi nas canções "Love Me Do" e "P.S. I Love You", incluídas no primeiro álbum da banda.[44] Nessa sessão, produzida por Ron Richards, Ringo tocou pandeiro ou outro instrumento de percussão quando a função de baterista era desenvolvida por Andy.[44]

A primeira sessão dos Beatles na EMI de Londres, em 6 de junho de 1962, não rendeu uma gravação digna de lançamento, mas as sessões de setembro produziram o hit "Love Me Do", compacto que, no mesmo ano, alcançou o primeiro lugar na lista dos vinte melhores da revista Mersey Beat (em 18 de outubro) e entrou na lista dos vinte compactos mais vendidos da revista Billboard (em 1 de dezembro).

1962–63: Fama no Reino Unido

McCartney, Harrison, cantora pop sueca Lill-Babs e Lennon no set do programa sueco Drop-In, 30 de Outubro de 1963.Em 26 de novembro de 1962, a banda gravou seu segundo som, "Please Please Me" (não confundir com o álbum homônimo), que atingiu o primeiro lugar na Inglaterra no início de 1963. Com o lançamento da canção "Love Me Do" em outubro de 1962, os Beatles apareceram pela primeira vez na televisão, no programa People and Places, transmitida ao vivo em Manchester, na TV Granada, em 17 de outubro de 1962.[46][47] A crescente histeria que a banda começou a criar nesta época, principalmente em jovens do sexo feminino, ficou conhecida como "Beatlemania".

Em 4 de novembro de 1963, os Beatles apresentaram-se no Royal Variety Performance, em Londres, na presença da família real britânica e, consequentemente, da rainha Isabel II do Reino Unido.[20] Nessa apresentação, John teria dito: "Para a próxima música vamos pedir ajuda da platéia. As pessoas que estão nos lugares baratos, aplaudam. O resto pode chacoalhar as joias."[20] Mais tarde, gravaram seu segundo álbum, With the Beatles, que acabou com a hegemonia de trinta semanas de "Please Please Me" no primeiro lugar das paradas britânicas.[20]

A banda também começou a ser notada por críticos musicais sérios. Em 23 de dezembro de 1963, o crítico musical William Mann, do The Times, publicou uma resenha descrevendo algumas teorias musicais a respeito de canções como "Till There Was You" e "I Want to Hold Your Hand".[48] A respeito do álbum With the Beatles, Mann, em 27 de dezembro de 1963, destacou a estrutura harmônica da canção "Not a Second Time", como sendo "também típica nas canções de andamento mais rápido dos Beatles, e ficamos com a impressão que pensam simultaneamente em harmonia e melodia, tal a firmeza com que as sétimas e nonas maiores e sobredominantes estão incorporadas nas canções, tal a naturalidade da cadência eóliano no fim de "Not a Second Time" (a sequência que conclui a Das Lied von der Erde, de Gustav Mahler".[49] Contudo, os Beatles não tinham conhecimento profundo de teoria musical na época e a resenha de Mann tranformou-se em parte do mito da banda, principalmente pelo termo "cadências eólicas" que Lennon, em 1980, comentou: "Até hoje não sei o que elas são. Parecem aves exóticas."[49]

1963–64: Sucesso americano
Embora a banda experimentasse uma popularidade enorme nas paradas britânicas no início de 1963, a gravadora norte-americana Capitol Records, subsidiária da EMI (em que o grupo estava contratado), negou produzir os compactos "Please Please Me" e "From Me to You", primeiro sucesso do grupo que alcançou primeiro lugar no Reino Unido.[50] Se a produção acontecesse de primeiro momento, o grupo inglês arriscaria, na mesma época, sucesso nos EUA. A Vee-Jay Records, uma pequena gravadora de Chicago, Estados Unidos, lançou esses singles como parte de um negócio para os direitos de outro intérprete. Art Roberts, diretor musical da estação de rádio World's Largest Store (WLS) de Chicago, incluiu "Please Please Me" na rádio em fevereiro de 1963, provavelmente a primeira vez que foi ouvida uma canção dos Beatles no território americano, embora isso seja discutido; os direitos do Vee-Jay aos Beatles foram cancelados mais tarde por não-pagamento de royalty.[51][52]

Em agosto de 1963, a Swan Records lançou "She Loves You", que também não foi executada nas rádios. Em 3 de janeiro de 1964, Jack Paar mostrou em seu programa uma apresentação de "She Loves You" gravada ao vivo na Inglaterra: foi a primeira aparição dos Beatles na televisão americana. Embora tivessem feito sucesso rapidamente na Inglaterra e sido igualmente bem sucedidos em alguns países europeus, os Beatles ainda não tinham conquistado o mercado norte-americano. Pensando em conquistar os Estados Unidos, Brian Epstein, no começo de novembro de 1963, procurou o presidente da gravadora Capitol Records para lançar um single com a canção "I Want To Hold Your Hand", e conseguiu firmar um contrato com um popular apresentador de televisão americano, Ed Sullivan, para que os Beatles fossem até lá se apresentarem em seu programa. Antes da Capitol, como já foi citado, algumas gravadoras já haviam lançado discos dos Beatles naquele país, como a Vee-Jay e a Swan, mas nenhum sucesso tinha sido obtido. Embora não houvesse grandes expectativas pela Capitol em relação aos Beatles, a CBS (canal de televisão americano) apresentou um documentário de cinco minutos sobre o fenômeno da beatlemania na Inglaterra, no programa CBS Evening News. A primeira demonstração desse pequeno documentário seria mostrada de manhã no CBS Morning News em 22 de novembro e uma reprise passaria na tarde do mesmo dia no CBS Evening News, mas a transmissão foi cancelada por conta do assassinato de John F. Kennedy naquele dia.

Diversas estações de rádio nova-iorquinas já começavam a tocar "I Want to Hold Your Hand" na sua programação. A resposta positiva para a gravação que havia começado em Washington duplicou em Nova Iorque e rapidamente se espalhou a outros mercados. A gravação vendeu um milhão de cópias em apenas dez dias, e a revista Cashbox certificou-a como número um. Era o momento dos Beatles irem aos Estados Unidos.

No começo de 1964, a Capitol decidiu fazer valer a pena os direitos que detinha do grupo nos Estados Unidos para coincidir com a primeira excursão da banda à América. Brian Epstein foi um dos grandes responsáveis pela data marcante. Indo a Nova Iorque, elaborou com a Capitol uma mídia enorme: foram colocados seis milhões de cartazes pelas ruas dos EUA com mensagens do tipo "Os Beatles Vem Aí"; todos os discotecários das rádios receberam discos dos Beatles; e foram distribuídos um milhão de jornais com quatro páginas contando a carreira do grupo.[20] Essa elaboração de expectativa de que um grande grupo estaria vindo em direção foi a mais importante viagem na carreira dos quatro integrantes, como veremos a seguir.

1964-66: A Beatlemania atravessa o Atlântico
Em 7 de fevereiro de 1964, uma multidão de quatro mil fãs ingleses no Aeroporto Heathrow acenou para os "garotos de Liverpool", que partiam pela primeira vez aos Estados Unidos como um grupo.[53] Estavam acompanhados por fotógrafos, jornalistas (incluindo Maureen Cleave, que realizou entrevistas com diversas personalidades famosas), e pelo produtor musical Phil Spector, que se tinha registrado no mesmo voo.[54] Quando o vôo 101 da PanAm tocou o solo do recém-nomeado Aeroporto JFK em Nova York, às 13h20 da tarde do dia 7 de fevereiro de 1964, uma grande multidão de pessoas se aglomeraram no local.[55] Os Beatles foram saudados por cerca de três mil pessoas (estima-se que o aeroporto nunca tenha experimentado tal número).[56] Após uma coletiva de imprensa, os Beatles partiram em limusines para a Nova Iorque. No caminho, McCartney ouviu o seguinte comentário corrente numa rádio local: "Eles [The Beatles] acabaram de deixar o aeroporto e estão próximos de Nova Iorque…"[57] Quando alcançaram o Plaza Hotel, foram recepcionados por diversos fãs – a maioria garotas – e repórteres. Harrison teve uma febre de 39 ℃ no dia seguinte e teve que permanecer em repouso, de modo que Neil Aspinall o substituiu no primeiro ensaio da banda para a aparição deles no The Ed Sullivan Show.[58] A persuasão de Epstein havia dado certo.[g]


Os Beatles quando chegaram no Aeroporto JFK, na Cidade de Nova Iorque, em 7 de fevereiro de 1964: essa primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos é um dos momentos fundamentais da história da banda e, mais amplamente, do rock mundial.[55]Os Beatles fizeram sua primeira aparição ao vivo na televisão americana no The Ed Sullivan Show, em 9 de fevereiro de 1964.[59][h] Aproximadamente 74 milhões de telespectadores – cerca da metade da população americana – assistiu o grupo tocar no programa.[60] Na manhã seguinte, muitos jornais escreveram que The Beatles não era nada mais do que uma "moda passageira",[i] e que não levariam sua música por todo o Atlântico.[61] Em 11 de fevereiro de 1964, fizeram seu primeiro concerto ao vivo nos Estados Unidos, no Washington Coliseum, em Washington, D.C.. Se a apresentação no London Palladium é considerada como o início da histeria em torno dos Beatles na Inglaterra, nos Estados Unidos esta beatlemania tomou porporções ainda maiores desde a primeira ida do conjunto em terras estado-unidenses.

Acredita-se que essa primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos é um dos momentos fundamentais da história da banda e, mais amplamente, do rock mundial.[55] A importância dessa visita é analisada por diversos ângulos através de muitos fatores, como, por exemplo, o fato de que, desde a década de 1960, os Estados Unidos já eram o maior mercado consumidor de discos do mundo; para Epstein e para o grupo, seria um prestígio começar a ser conhecido e bem vendido por lá, como era e ainda é natural nos dias de hoje.[62] O sucesso de diversas bandas inglesas e européias – U2, Oasis, Cranberries – é tido como resultado em grande parte devido à carreira dos Beatles e, particularmente, à sua estadia nos EUA.[55]


Bonecos de cera dos Beatles numa exposição em Londres, Inglaterra, de bonecos de cera de pessoas influentes do Reino Unido. Paul McCartney, Ringo Starr, John Lennon e George Harrison (esq. para direita). Note atrás dos bonecos fotografias de típicas fãs dos Beatles no auge da beatlemania.Depois do sucesso de 1964, as gravadoras Vee-Jay e Swan aproveitaram os direitos que detinham das primeiras gravações do grupo e decidiram reeditá-las; todas as canções atingiram o top dez desta vez (a MGM e a Atco também garantiram os direitos das primeiras gravações dos Beatles com o já citado Tony Sheridan e também tiveram hits menores, como "My Bonnie Lies over the Ocean" e "Ain't She Sweet", esta última com a voz de Lennon). Além de Introducing… The Beatles, primeiro LP da banda no mercado americano,[j] [63] a Vee-Jay também editou, em 1 de outubro de 1964, o The Beatles Versus The Four Seasons, um relançamento duplo do Introducing… The Beatles com outra capa, sendo que o lado B continha canções do grupo americano The Four Seasons.[63] Através da sofreguidão da Vee-Jay em faturar em cima da recém-iniciada beatlemania na América, lançou-se outros discos, como o Songs, pictures and stories of the fabulous Beatles, que foi lançado duas semanas após o disco duplo com The Four Seasons, e que nada mais era do que o quarto reingresso de Introducing The Beatles no mercado americano. "I Saw Her Standing There" foi editada como o lado B do disco da América "I Want to Hold Your Hand" , e também foi incluída no álbum Meet The Beatles, da Capitol. As faixas "She Loves You" e "I'll Get You" da Swan foram editados em 10 de abril de 1964, no LP The Beatles' Second Album, da Capitol. O Second Album vendeu 250 mil cópias no primeiro dia de lançamento nos EUA.[63] A Swan também editou uma versão alemã da "febre" "She Loves You", chamada "Sie Liebt Dich" e que está presente em estéreo no álbum Rarities, da Capitol.

Em meados de 1964 a banda, em todo seu auge, iniciou suas primeiras aparições fora da Europa e da América do Norte, viajando para a Austrália, Escandinávia e Holanda; Ringo foi vítima de uma faringite e, hospitalizado, não pôde partir para o primeiro destino deles, o território australiano. Starr foi substituído temporariamente pelo baterista Jimmy Nicol, a convite de George Martin que, inclusive, estava lucrando juntamente com a banda desde o primeiro momento em que assinaram contrato na distante Liverpool. A estranha reação do público diante de uma figura diferente assumindo a bateria durou pouco, pois Ringo regressou com o tempo e eles partiram para a Nova Zelândia em 21 de junho de 1964.[64] Antes da volta do baterista, em Adelaide, Austrália Meridional, os Beatles foram recepcionados por cerca de trezentas mil pessoas no Adelaide Town Hall (isso evidencia o estrondo que a banda já vinha fazendo por diversos países).[65]

Em 6 de junho de 1964, o filme que se tornaria um clássico cult, sendo considerado por alguns como o grande precursor da idéia dos vídeos musicais[66] – A Hard Day's Night (Os Reis do Iê, Iê, Iê no Brasil) – foi lançado no Reino Unido, sendo o primeiro a estrelar a banda. Dirigido por Richard Lester, o filme é sobre os quatro membros que tentam, em território londrino, tocar em um programa de televisão. Lançado no auge da beatlemania, inclusive focando-a na maior parte das cenas, embora sem transformá-las em um documentário, o filme foi bem recebido pela crítica e continua a ser um dos mais influentes no que se diz respeito à música.[67][68] Em paralelo, o álbum A Hard Day's Night, lançado no mesmo ano, foi o primeiro do grupo a trazer só composições de Lennon/McCartney e serviu como trilha sonora para o filme. Em novembro, lançaram o compacto "I Feel Fine" e no mês seguinte o grupo lançou seu quarto álbum: Beatles for Sale.

Em junho de 1965, Vossa Majestade Isabel II do Reino Unido condecorou os Beatles como Membros da Ordem do Império Britânico.[69][70] O grupo foi nomeado pelo primeiro-ministro Harold Wilson, que também havia sido deputado em Huyton, Liverpool.[71] A nomeação estimulou alguns conservadores do MBE – primeiramente militares veteranos e líderes cívicos – à devolverem suas próprias insignas como protesto.[72] Em julho do mesmo ano, o segundo filme estrelando os Beatles, Help!, foi lançado. O filme acompanhou o lançamento do álbum homônimo, que serviu como trilha sonora. Em 15 de agosto de 1965, os Beatles fizeram o primeiro concerto da história do rock and roll num estádio aberto, ao se apresentarem no estádio de beisebol Shea Stadium, Nova Iorque, para uma multidão formada por 55.600 pessoas. O evento obteve uma grande notoriedade e contou com os requintes de mídia disponíveis à época e a disposição de Epstein era fazer um evento grandioso, digno de filmagens e especiais de televisão nos EUA e Inglaterra. Chamados ao palco pelo já conhecido Ed Sullivan, o quarteto ampliou ainda mais seu sucesso nacional e internacional e o evento é tido como percursor: Cláudio Teran, articulista da Internet sobre os Beatles, diz o seguinte num texto sobre a data: "Sempre que um garoto for a um estádio de futebol, ou beisebol para assistir ao show de uma grande banda de rock and roll, precisará saber que aquilo um dia começou com a ousadia dos Beatles em encarar um desafio que modificaria para sempre até o padrão técnico de sonorização de grandes ambientes pelo mundo afora."[75] Quanto à ousadia e à técnica de sonorização, Teran quer dizer sobre o fato de que os conjuntos de equipamentos que seriam necessários para o concerto acontecer e para a mídia filmar eram muito pesados e exigiriam grande esforço Além disso, o sistema de iluminação, assim como o de áudio, favorecia menos facilidade do que os de hoje em dia; no entanto, as imagens que se tem registradas foram bem realizadas.

O sexto álbum da banda, Rubber Soul, realizado no começo de dezembro de 1965, foi recepcionado como um grande salto do grupo para a complexidade e maturidade em sua estrutura musical,[76] por conter em suas canções letras e melodias mais elaboradas. O lançamento dos compactos "Day Tripper" e "We Can Work It Out" juntamente com o sexto álbum repetiram o sucesso grandioso que o grupo mantinha desde 1963: foram aos primeiros lugares nas paradas britânicas e americanas; segundo estimativas, venderam cinco milhões do álbum e quatro milhões do compacto

1966: Chicotadas e controvérsia
O ano de 1966 é visto como a data em que a banda determinou o que seria até seu final, em 1970.
Nessa época, o mundo já não era mais o mesmo e o grande responsável por essa mudança foram os Beatles. Entre os acontecimentos mais destacados, estão a recepção dos anglicanos frente ao Papa em Roma, a liderança de Martin Luther King na marcha pelos direitos civis nos Estados Unidos, e o bombardeio da Força Aérea Americana em Hanói, capital do Vietnam do Norte.[77] Pelo outro lado do planeta, a ciência se desenvolvia na chegada da espaçonave soviética a Vênus (primeira nave terrestre a pousar noutro planeta) e, na China, a proclamação da "Revolução Cultural", que promoveu expurgos e perseguiu intelectuais. Há quarenta anos, essa agitação pelo mundo não se apresentou de forma menor nos quatro membros dos Beatles: Lennon, McCartney, Harrison e Starr.

Férias, casamento e prêmios: Nos três primeiros meses de 1966 a banda tirou férias, após desistirem da idéia de lançar um novo filme em cima de A Talent For Loving, cujo roteiro seria de Richard Condon.[77] Nesses meses, tiveram encontros em festas com os músicos Mick Jagger e Brian Jones dos Rolling Stones, e compareceram na estréia do filme Alfie, cuja estrela era Jane Asher, namorada, na época, de Paul. John e Ringo não compareceram ao casamento de George em 21 de janeiro porque viajavam para fins de semana no Caribe e na Suíça; George e a modelo Patricia Anne Boyd embarcaram para uma lua de mel em Barbados, nas Bahamas.Enquanto isso, os Beatles obtiveram naquele ano dez indicações ao Grammy e, embora existissem restrições do regime político na Polônia, as canções da banda começavam a ingressar intensamente nas rádios daquele país.
Entrevista com Cleave, e a "Capa do Açougue": Em março, os Beatles foram convidados a uma entrevista com a jornalista Maureen Cleave, do jornal britânico "London Evening Standart". Nesta entrevista, John declarou com tom crítico a seguinte frase: "O cristianismo vai acabar. Vai se dissipar e depois sucumbir. Nem preciso discutir isso. Estou certo, e o tempo vai provar. Atualmente somos mais populares que Jesus Cristo". A declaração não causou nenhuma polêmica na Inglaterra. Depois, a banda posou para uma sessão com o fotógrafo Bob Whitaker, que produziu fotos com matizes surrealistas. Uma dessas fotografias foi utilizada na capa do próximo álbum Yesterday and Today, que ficou cinco semanas em primeiro lugar vendendo um milhão e meio de discos e só editado nos EUA, onde o quarteto está vestido com jalecos brancos e segura bonecas despedaçadas junto a pedaços de carne. O disco, referido frequentemente como "a capa do açougue" gerou polêmica nos Estados Unidos: algumas pessoas atribuíram à foto uma mensagem cifrada ou algo contra a Guerra do Vietnam, outros acharam que era uma crítica ao desmembramento dos álbuns originais dos Beatles na América. A Capitol recolheu os discos e substituiu as 750 mil capas prensadas.
Após estes problemas com a "capa do açougue", o grupo iniciu sua turnê mundial de 1966 por cinco países, entre eles Alemanha, Japão, Filipinas, Estados Unidos e Canadá.

Humilhação nas Filipinas e prêmios na Inglaterra: Embora as Filipinas estivessem sob a ditadura de Ferdinando Marcos, na capital Manilha os Beatles foram recepcionados por cinquenta mil fãs que se aglomeraram no aeroporto. A polícia filipina os separaram de Epstein e apreendeu sua bagagem, que continha maconha: isto provocou problemas com as autoridades locais. Epstein obteve controle e, no dia seguinte, deram dois concertos no estádio superlotado Rizal Memorial Football Stadium. Após as apresentações, a primeira-dama Imelda Marcos organizou uma recepção no palácio presendical para trezentos filhos de oficiais da alta patente do exército daquele país e gostaria de apresentá-los ao grupo. O não comparecimento à recepção promoveu consequências inesquecíveis. No dia seguinte, jornais filipinos traziam manchetes com expressões do tipo "Imelda plantada" (The Manila Times), destacando que os Beatles haviam esnobado a primeira-dama. Por causa desses acontecimentos, Epstein tentou esclarecer o mal-entendido numa coletiva, mas a transmissão sofreu interrupções técnicas. Starr lembraria anos mais tarde que o tratamento dos empregados no hotel tornaram-se mais frios depois do ocorrido e que havia ameaças de bombardeios onde os Beatles estavam hospedados. O grupo foi abordado pelo responsável do Escritório de Rendas Internas que disse que os Beatles não deixariam o país até pagarem os impostos que não haviam dado desde a chegada; Epstein pagou dezoito mil dólares. Os quatro membros fizeram a pé a caminhada até o avião e aproximadamente trezentos pessoas aguardavam a banda no aeroporto; na despedida, foram cuspidos, empurrados e agredidos; a renda que conseguiram nos dois concertos foi confiscada; após quarenta minutos de confusão, decolaram.
De volta à Inglaterra, eufórica pela conquista da Copa do Mundo de Futebol de 1966, o grupo presenciou boas notícias, como os três troféus Ivor Novello – premiação máxima da música inglesa – que receberam por "We Can Work It Out" e "Help!" como primeiro e segundo compacto mais vendido na Inglaterra em 1965, e por "Yesterday" como a canção mais executada do ano. Artistas como Connie Francis, Johnny Mathis, Bob Goldsboro, Cliff Richard, David McCallum, as duplas Jan and Dean e Peter and Gordon interpretavam diversas canções da dupla Lennon/McCartney. Contudo, as notícias da América eram preocupantes.

Presley, Dylan e o "Somos mais populares que Jesus Cristo": A revista DateBook divulgava a entrevista que Lennon concedeu a Cleave destacando a frase "Somos mais populares que Jesus". Fundamentalistas cristãos se indignaram com a frase de Lennon e protestaram. Uma rádio em Birmingham, Alabama, organizou um boicote a execução das canções dos Beatles, e um ato onde os discos da banda foram queimados publicamente em uma fogueira. Rapidamente diversas estações de rádio americanas recusavam-se a tocar canções dos Beatles em suas programações e, na África do Sul, houve o banimento de canções do grupo em suas estaçõs de rádio por cinco anos. Houve inclusive a manifestção do Papa Paulo VI e do governo fascista de Francisco Franco, da Espanha, que criticaram a postura do grupo.
Elvis Presley desaprovou o ativismo antiguerra e a legalização das drogas que os Beatles vinham afirmando e mais tarde pediu ao então presidente Richard Nixon que ele proibisse a entrada dos quatro membros nos Estados Unidos. Peter Guralnick escreve que "Os Beatles, segundo Elvis, […] eram antiamericanos. Eles vinham para os EUA, faziam fortuna, e voltavam para a Inglaterra. E diziam coisas antiamericanas quando se encontravam por lá." Guralnick adiciona: "Elvis acreditava que os Beatles lançaram bases para muitos dos problemas que estávamos tendo com os jovens e suas aparências imundas, bases essas encontradas na música sugestiva deles que ao mesmo tempo divertia o país durante o início dos anos 1960 e meados." Apesar das observações de Presley, em geral os Beatles o admiravam; Lennon, por exemplo, tinha sentimentos positivos para com ele: "Antes de Elvis, nada existia." Em contraste, o renomado cantor folk Bob Dylan reconhecia a contribuição dos Beatles, e afirmou: "A América deve construir estátuas dos Beatles. Eles ajudaram a trazer de volta o orgulho do país."

1966–69: Anos de estúdio e espiritualidade
Mais maduros, musical e pessoalmente, os Beatles dedicaram-se na gravação do Revolver, em que, em cada gravador – num total cinco equipamentos pesados que haviam sido levados ao estúdio 3 da Abbey Road Studios – um técnico operava e o outro segurava com um lápis a extremidade de laço feito pelas pontas das fitas emendadas; o resultado foi uma mistura de rock psicodélico, balada, R&B, soul e world music. Os Beatles haviam realizado seu último concerto no Monster Park, São Francisco, em 29 de agosto de 1966. Este foi o último concerto da banda onde o público pagava ingresso. Sua última apresentação foi nos telhados da Apple, onde o público não pagou nada; leia sobre na próxima sub-seção. A partir de então, a banda concentrou-se apenas em gravações. Foram os momentos mais criativos do grupo. Menos de sete meses após o Revolver, os Beatles voltaram ao Abbey Road em 24 de novembro para começar a produzir seu oitavo e mais aclamado álbum,[89] Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que os ocupou durante 129 sessões e foi lançado em 1 de junho de 1967.O álbum os popularizou ainda mais.

Outro feito que popularizou o grupo – que caminhava rumo ao seu final – surgiu em um segmento no programa Our World, o primeiro programa do mundo ao vivo a transmitir, via satélite, imagens para o mundo inteiro. Os Beatles foram transmitidos diretamente do Abbey Road Studios e a nova canção, "All You Need Is Love", escrita por Lennon, foi gravada ao vivo durante a apresentação, embora eles tivessem preparado antecipadamente – num período de cinco dias – as gravações e a mixagem antes da transmissão. A canção trazia uma mensagem de paz nos tempos da Guerra do Vietnã. Os Beatles convidaram vários amigos para participarem do evento, cantando o coro da canção – Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull, Keith Moon e Graham Nash. O programa foi visto por cerca de 350 milhões de pessoas em 26 países.


Poste de entrada do Strawberry Fields com várias mensagens, em Liverpool: Lennon brincava pelo local quando criança e, mais tarde, essa recordação serviu de inspiração para a canção Strawberry Fields Forever. O grande portão de aço vermelho virou ponto turístico de Liverpool.Em novembro e dezembro de 1966, e até janeiro de 1967, os Beatles gravaram dois compactos durante as sessões do Sgt. Pepper: "Strawberry Fields Forever" e "Penny Lane", mas elas acabaram não entrando no álbum. A "Strawberry…", escrita por Lennon, – embora creditada à Lennon/McCartney – diz respeito a um orfanato patrocinado pelo Exército de Salvação Inglês, chamado "Strawberry Fields Children's home", que se localizava perto da casa de John em Woolton, Liverpool, número 25 da Avenida Beaconsfield, e onde ele pulava o muro e brincava durante a infância no espaço arborizado, com os amigos Pete Shotton, Nigel Whalley, e Ivan Vaughan. Ele começou a escrevê-la em finais de 1966, em Almeria, Espanha, durante as filmagens de How I Won the War, de Richard Lester, o mesmo diretor de A Hard Day's Night. A Tia Mimi sempre levava John a festivais de verão que aconteciam no orfanato de Strawberry Fields. O orfanato original, contruído nos anos 1950, acabou sendo demolido e, depois, reconstruído: o que sobrou do original foi o portão vermelho de aço, ponto bem famoso de Liverpool. Além dos festivais de verão continuarem acontecendo anualmente, em 1984 Yoko Ono e Sean Lennon visitaram o local e desde então contribuem para sua melhoria. Tecnicamente, a estrutura desta canção é escrita com uma chave de Si bemol maior. Ela começa com uma introdução de mellotron – escrita e desempenhada por McCartney – e depois continua no refrão. Depois de um curto silêncio dos instrumentos, a canção volta para "tenebrosos" sons distintos com notas dissonantes, espalhadas com a bateria, e depois Lennon diz: "cranberry sauce", ou seja, doce de oxicoco. Nessa mesma canção, John diz: "Eu enterrei Paul" e a canção foi incluída na lista de itens que reúnem fatos onde os Beatles queriam mostrar que Paul estava morto e que outro cantor o substituía. (Para mais informações, veja Boato da morte de Paul McCartney.) A recepção da canção foi satisfatória: atingiu o oitavo lugar na parada dos EUA, onde numerosos críticos a consideraram a melhor canção do grupo e, em 2004, foi posta em 74ª na Lista dos 500 Maiores Sons de Todos os Tempos, da Rolling Stone americana.


Vista da Penny Lane, em Liverpool: os Beatles frequentavam o local diversas vezes e, mais tarde, essas recordações fizeram Paul produzir Penny Lane. Repare na placa da rua, no canto esquerdo, como ela traz diversas mensagens, possivelmente criadas por fãs da banda.Em contraste com "Strawberry…", onde Lennon inspirou-se em recordações do passado, "Penny Lane", escrita por Paul – embora igualmente creditada à Lennon/McCartney –, que traz melodia e ritmo menos "tenebrosos" que a anterior, também faz menção à recordações de McCartney: o cruzamento de cinco ruas formando uma rótula de trânsito – roundabout, como dizem os ingleses – em Liverpool, chamado "Penny Lane Roundabout", é uma área, hoje muito famosa por causa da canção, onde John e George nasceram perto e, consecutivamente, onde os Beatles frequentavam muito. A primeira mulher de John, Cynthia Lennon, tinha um apartamento em Penny Lane e trabalhava na loja Woolworth, a uma quadra dali.[99] Durante muito tempo, quase diariamente, a prefeitura local precisava trocar as placas da rua, pois, por virar ponto turístico, os fãs da banda a retiravam e levavam consigo ou, em outros casos, rabiscavam; agora as placas de Penny Lane foram abolidas e o nome passou a ser pintado diretamente nas paredes dos prédios da rua.[99] Na letra da canção, é como se Paul fosse o guia-turístico de uma excursão para o local: ele refere-se, por exemplo, a um "barbeiro mostrando fotografias de cada cabeça que teve o prazer de conhecer" – há um edifício branco numa das esquinas da rua, chamado Tony Slavin, que era o local onde Mr. Bioletti, o barbeiro, trabalhava e onde a barbearia funcionava – e a outros pontos da cidade; Paul diz na canção: "Penny Lane está em meus ouvidos e em meus olhos". Ao contrário do vídeo promocional de "Strawberry…", o qual o grupo gravou em outro local que não o orfanato, o vídeo musical de "Penny Lane" foi filmado na própria Penny Lane. Entre os instrumentos usados no som, destacam-se a conga, o flautim e os pianos, ao todo quatro. A canção também obteve uma recepção satisfatória: alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100 por uma semana e, em 2004, foi incluída pela Rolling Stone americana na Lista dos 500 Maiores Sons de Todos os Tempos, permanecendo em 449ª lugar.

Em 24 de agosto de 1967, os Beatles encontraram-se com o Maharishi Mahesh Yogi no Hotel Hilton de Londres. Poucos dias depois, foram para Bangor, norte do País de Gales, para assistirem uma conferência "inicial" de fim de semana. Lá, o Maharishi deu a cada um deles um mantra. Embora estivessem em Bangor, os Beatles ficaram sabendo que Brian Epstein, o empresário da banda, aquele cujo nome foi muito responsável pelo sucesso do grupo, estava morto, aos 32 anos, devido, segundo o laudo, "morte acidental por overdose de Carbitol", medicamento para insônia. Em finais de 1967, receberam sua grande primeira crítica da imprensa britânica, crítica essa que era um conjunto de opiniões depreciativas sobre o filme de televisão surrealista Magical Mistery Tour. A trilha sonora de Magical Mistery Tour foi lançada no Reino Unido em um EP duplo, e nos EUA em um LP completo (atualmente, a versão oficial é esse LP).

Os quatro músicos passaram os primeiros meses de 1968 em Rishikesh, Uttar Pradesh, na Índia, estudando meditação transcendental com o Maharishi Mahesh Yogi.[103] O ashram de Mahesh Yogi inspirou a criatividade do quarteto e devido à suas estadias nele, produziram algumas canções com referências à espiritualidade que a Índia tanto afirmava; canções essas que podem ser encontradas no White Album e em Abbey Road com composições de Lennon, McCartney e Harrison.[103] Regressando, John Lennon e Paul foram para Nova Iorque anunciar a formação da Apple Records, uma corporação multimédia fundada em janeiro de 1968 pela banda com o intuito de substituir a sua empresa anterior (Beatles Ltd.), e de modo a formar um conglomerado. Em meados de 1968 a banda manteve-se ocupada no processo de gravação do álbum duplo The Beatles, conhecido popularmente como "Álbum Branco" por conta da capa ter cobertura branca. Essas sessões foram o cenário de desentendimentos entre os integrantes, com Starr deixando temporariamente a banda. Sem Starr, Paul assumiu a bateria e instrumentos de percussão nas faixas "Martha My Dear", "Wild Honey Pie", "Dear Prudence" e "Back in the USSR". As dissensões tiveram diversos motivos, sempre muito debatidos: a excessiva presença da nova namorada de Lennon, Yoko Ono, nas gravações; a arrogância de McCartney, que passava a querer ser o líder do grupo; ficou ainda mais difícil o grupo aceitar novas canções de Harrison para serem incluídas em seus álbuns.

Com a morte de Epstein, o grupo necessitava de um novo empresário: em relação ao lado empresarial, Lennon, Harrison e Starr queriam o gerente nova-iorquino Allen Klein para gerir os Beatles, mas McCartney queria o empresário Lee Eastman, pelo motivo dele ser até então o pai da então-namorada de Paul, e futura esposa, Linda. Os outros três membros viam em Eastman um empresário que colocaria os interesses de Paul antes das do grupo (durante uma entrevista no Anthology, McCartney disse: "Olhando para trás, posso entender porque eles sentiam que Eastman tinha interesses tendenciosos a mim e contra eles.") Em 1971, descobriu-se que Klein, que havia sido nomeado gestor, roubou cinco milhões de libras esterlinas das explorações dos Beatles.

[ Retomando: Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Retomando a época de criação do Sgt. Pepper's…, como é comumente tratado, "foi um momento decisivo na história da civilização ocidental", segundo a descrição de um crítico do The Times. Semanas depois do lançamento do disco, Jimi Hendrix já tocava a faixa-título em seus concertos, o que deixou McCartney particularmente emocionado. Além de ter sido o primeiro álbum de rock a ganhar os Grammys de "melhor álbum do ano", "melhor álbum contemporâneo", a "melhor capa" e a "melhor engenharia de som", o Sgt. Pepper's…, quando colocado no mercado, bateu todos os recordes de venda: vendeu um quarto de milhão de exemplares na Grã-Bretanha (somente na primeira semana), permaneceu durante quase meio ano consecutivo no primeiro lugar do topo de vendas – feito praticamente impensável hoje em dia – e é tido como vanguarda, principalmente pela originalidade da capa que, inclusive, inspirou artistas do mundo inteiro.[90] McCartney é tido como o responsável pela idéia da capa. Ele havia esboçado um desenho onde uma multidão assistia a banda Sgt. Pepper e recebia do prefeito uma copa ou troféu. Robert Frazer, comerciante de arte e conhecido do grupo, levou Paul à conhecer Peter Blake, um dos artistas pioneiros e fundadores da Pop Art; Blake desenhou toda a capa, adicionando pessoas influentes de todo o mundo – escolhidas por Lennon, Harrison, Starr e, claro, Paul – caracterizadas como bonecos de papelão, sem contar os bonecos de cera dos Beatles.

1969-70: Último concerto e fim
Em janeiro de 1969, os Beatles iniciaram um projeto cinematográfico que documentaria a realização de sua próxima gravação, originalmente intitulado Get Back. Durante as sessões de gravação, a banda realizou sua última apresentação ao vivo no último andar do edifício da Apple, em Londres, na tarde fria de 30 de janeiro de 1969. A maior parte da apresentação foi filmada e, posteriormente, incluída no filme Let It Be. A idéia de tocar no telhado do prédio foi de Lennon. O concerto parou a rua inteira do prédio e, rapidamente, o lugar ficou lotado de pessoas; inclusive, os vizinhos da região logo espreitavam das sacadas o concerto. Os Beatles tocaram durante quarenta minutos até a polícia local interferir pedindo que abaixassem o volume dos instrumentos; Mal Evans explicou que não era qualquer pessoa que estava tocando, e sim os Beatles. A apresentação terminou antes do previsto, e tornou-se famosa. Com o projeto Let It Be temporiariamente suspenso, os Beatles gravaram seu penúltimo álbum, Abbey Road, no verão de 1969. A conclusão da canção "I Want You (She's So Heavy)" para o álbum em 20 de agosto de 1969 foi a última vez que o quarteto reuniu-se em mesmo estúdio. Lennon anunciou sua saída para o resto do grupo em 20 de setembro, 1969, embora tenha concordado em não anunciar isso publicamente até que determinadas questões jurídicas fossem resolvidas.

Em março de 1970, a sessão de teipes do "Get Back" foram entregues ao produtor americano Phil Spector, que tinha produzido o compacto solo de Lennon – "Instant Karma!". McCartney anunciou publicamente a dissolução em 10 de abril de 1970, uma semana antes do lançamento de seu primeiro álbum solo, McCartney[108]. As cópias de pré-lançamento incluíram um comunicado à imprensa onde McCartney realizava uma entrevista consigo mesmo, explicando o fim dos Beatles e suas esperanças para o futuro.[109] Em 8 de maio de 1970, a versão de "Get Back" produzida por Spector foi lançada como Let It Be, seguido com o documentário de mesmo nome. Legalmente, a parceria dos Beatles não foi dissolvida até 1975, embora Paul tenha apresentado uma ação para a dissolução em 31 de dezembro de 1970, efetivamente terminando a carreira em conjunto da banda.

O motivo do fim da banda ainda é muito discutido e pode ser descrito como uma série de eventos que, resumidamente, os itens abaixo pretendem desenvolver.

Morte de Epstein: Brian Epstein foi indiscutivelmente o homem mais influente no lançamento e na promoção da popularidade do grupo no mundo inteiro. Por ser o empresário da banda, ele pôde manter o grupo reunido e mediar determinados conflitos que o quarteto viesse a desenvolver entre si, mantendo-se na postura de ser a última palavra, a última decisão. Quando morreu em 1967, deixou um vazio na banda. McCartney provavelmente sentiu a situação precária e procurou iniciar projetos que estimulassem a banda. Em última instância, a discórdia sobre liderança gerencial seria um dos fatores precipitantes para a banda se dissolver.
George Harrison como compositor: Nos primeiros anos, Paul e John eram os únicos compositores da banda, enquanto que Ringo e George desempenhavam suas funções como baterista e guitarrista, respectivamente. No entanto, de 1965 adiante, as composições de Harrison ganharam maturidade e tornaram-se mais atraentes em suas qualidades. Gradualmente os outros membros reconheciam seu talento como compositor, mas cada vez mais George começou a se frustrar pelo fato da maioria de suas idéias e canções terem como fim a rejeição. Isso gerou confusão e, consecutivamente, desavenças, principalmente entre Lennon e McCartney.
Dificuldade em colaboração: De uma forma ou de outra, após o grupo parar de excursionar, cada um dos integrantes começaram a seguir comportamentos autônomos: enquanto McCartney via interesse no estilo pop e nas tendências da Grã-Bretanha e dos EUA, Lennon tendia à música introspectiva e experimental, enquanto que Harrison, por sua vez, estava cada vez mais entusiasmado com a música indiana.Por conseguinte, Paul começou a assumir o papel de líder dos projetos artísticos dos Beatles. Além de cada membro ter começado a desenvolver uma agenda cujos eventos exigiam cada vez mais individualidade – o que acabou comprometendo o grau de entusiasmo em conjunto – outro fator que contribuiu para a fragilidade da banda foi a evidente falta de acordo já exitente na época de produção do "Álbum Branco".
Yoko Ono: Lennon estava em um frágil estado de espírito após o regresso da banda a partir de suas estadias na Índia, no início de 1968. Ficou ressentido e desiludido com o fato do Maharishi não ter preenchido suas expectativas. Lennon começou a desenvolver um imenso interesse numa artista nipo-americana, Yoko Ono, que reuniu o músico britânico em uma de suas exposições em 1966. Tiveram uma relação platônica até a primavera de 1968. Enquanto a esposa Cynthia de Lennon estava afastade de férias, ele e Yoko lançaram uma fita que mais tarde seria lançada como a famosa (e polêmica) "Unfinished Music No.1: Two Virgins". Até esse momento, os dois não estavam completamente entretidos entre si, pois o acordo da banda era que suas namoradas ou esposas não interferissem nos estúdios. Contudo, como a produção artística de Lennon cresceu sob influência de Yoko Ono, cada vez mais ele quis que ela entrasse nos processos de produção dos Beatles e, consecutivamente, ela passou a freqüentar os estúdios de gravação.Frequentemente, Ono não comentava nem dava sugestões no estúdio de gravação, o que parece ter aumentado as confusões entre ela e os três companheiros de Lennon. Ono tem sido acusada por muitos fãs de ter "dividido os Beatles", enquanto que outros argumentam que a sua presença não era nenhum problema, e que os Beatles realmente se separaram pelos outros itens aqui citados (acima e abaixo).
Situação empresarial: Outra coisa que agravou a situação da banda foi o fato de que, sem Epstein, eles procuraram empresários para geri-la, mas a tentativa desses empresários de estabelecerem um controle na banda The Beatles falhou e, antes disso, houve confusão entre os integrantes, pois não conseguiram entraram em acordo na escolha de um novo empresário.
A formação da Plastic Ono Band, grupo formado por Yoko e Lennon, foi uma saída que Lennon encontrou para largar de vez os Beatles. E, verdadeiramente, a idéia de sair da banda cristalizou-se quando, em setembro de 1969, Yoko e Lennon foram recepcionados entusiasticamente como artistas no Concerto de Rock and Roll de Toronto. Lennon informou a sua decisão para Allan Klein – até então empresário do grupo – e para McCartney em 20 de setembro de 1969. Ironicamente, no outono do mesmo ano, a banda assinou um contrato negociando com a maior taxa de royalities. Esta foi a última demonstração de unidade do grupo, embora de natureza transitória. Outra divulgação revelou que o contrato de dissolução dos membros da banda foi até 1976 coletivamente e separadamente. Assim, este contrato renegociado precipitou o final das ações legais que revogou a parceria em 1972.

Apesar de seus esforços em estimular a banda, McCartney admitiu numa entrevista na revista americana Life que a banda estava desestruturada, em novembro de 1969. Paul viu um conflito entre seu álbum solo, "McCartney", e o projeto do álbum e do filme dos Beatles, Let It Be. "McCartney" foi lançado e a amargura de Paul por conta de alguns incidentes – como, por exemplo, o fato dele ter ficado insatisfeito com determinadas atitudes dos gerentes da banda – foi um fator contribuinte para sua declaração pública de que havia saído dos Beatles. No começo de 1971, McCartney abriu uma ação judicial para a dissolução da relação contratual dos Beatles e, posteriormente, foi decretado.

1970-Presente: Pós-fim

Prédio da Apple Records na 3 Savile Row, lugar do famoso concerto Let It Be, feito no telhado deste prédio: foi a última apresentação do quarteto tocando junto, em 30 de janeiro de 1969, em Londres.Pouco antes do fim dos Beatles, um tanto tímidos, e, posteriormente, de forma definitiva, todos os quatro membros lançaram álbuns solos. Alguns destes álbuns destacaram contribuições por outros ex-Beatles; o álbum Ringo (1973), de Starr, foi o único a incluir composições e apresentações do quarteto, embora em canções separadas. Harrison mostrou sua consciência socio-política e ganhou respeito por sua contribuição como arranjador do Concerto para Bangladesh em Agosto de 1971, em Nova Iorque, com o maestro de sitar Ravi Shankar. Com excepção de uma sessão não-editada em 1974 (produzida mais tarde como A Toot and a Snore in '74), Lennon e McCartney nunca mais gravaram juntos.

Como já foi citado, em 1975 expiraram-se, legalmente, os direitos que a EMI-Capitol mantinha em cima do trabalho dos Beatles. Por causa desse expiração do contrato que os Beatles tinham com a gravadora, a Capitol americana apressou determinadas produções com o intuito de receber dinheiro em cima da carreira do grupo, lançando cinco LPs: Rock 'n' Roll Music (compilação de trilhas consideradas por muitos como "quintessencial" do rock), The Beatles at the Hollywood Bowl (contendo canções gravadas ao vivo no Hollywood Bowl em Los Angeles durante a turnê de 1964 e 1965), Love Songs (compilação de cançõs gravadas entre 1962 e 1970), Rarities (compilação de faixas que nunca haviam sido realizadas nos EUA) e Reel Music (compilação de faixas apresentadas em seus filmes). Houve também um não-lançamento intitulado Live! at the Star-Club in Hamburg, Germany; 1962, uma gravação de uma antiga apresentação do grupo no Star Club, em Hamburgo, Alemanha, capturada em uma fita de má qualidade. De todas essas realizações póstumas, somente The Beatles at the Hollywood Bowl teve a aprovação dos quatro membros. Após o lançamento americano dos álbuns britânicos originais em 1986, todas essas compilações póstumas americanas foram suprimidas do catálogo da Capitol.

John Lennon foi morto a tiros em 8 de dezembro de 1980 por Mark David Chapman em Nova Iorque. Em maio de 1981, George Harrison lança All Those Years Ago, compacto que fala sobre seu tempo com os Beatles e homenageia Lennon. Conta com a participação de McCartney, Ringo e Linda McCartney. Em abril de 1982, Paul lança o álbum Tug of War, que inclui um som em tributo à John, chamado "Here Today".

Em 1988, os Beatles foram incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll durante seu primeiro ano de eligibilidade.[127] Na noite de sua indução, George e Starr apareceram para aceitar sua adjudicação, juntamente com a viúva Yoko Ono Lennon e seus dois filhos. McCartney permaneceu longe, comunicando à imprensa que estava "resolvendo dificuldades" com Harrison, Starr e com as propriedades de Lennon.


Guitarras gigantes do lado de fora do Hall da Fama do Rock and Roll, em Cleveland, Estados Unidos da América: em 1988 os Beatles entraram para esse Hall do Rock and Roll.Em fevereiro de 1994, os três Beatles ainda vivos se reuniram para produzirem e gravarem canções adicionais para algumas gravações que eram de Lennon. Uma dessas canções, "Free as a Bird" estreou como parte da série de documentários The Beatles Anthology e lançada como compacto em dezembro de 1995, seguida de "Real Love" em março de 1996. Essas canções também foram incluídas nas três coleções de álbuns da Anthology, lançados em 1995 e 1996, cada uma composta por dois CDs de um material inédito dos Beatles, nunca lançado antes. Klaus Voormann, que tinha conhecido os Beatles desde a excursão em Hamburgo, e que tinha anteriormente ilustrado a capa do Revolver, dirigiu a concepção da capa do Anthology. Cerca de 45 mil exemplares do Anthology 1 foram vendidos em seu primeiro dia de lançamento. Em 2000, surgiu a compilação One, contendo as 27 canções de maior sucesso da banda de 1962 a 1970. A coleção vendeu 3,6 milhões de cópias em sua primeira semana e mais de 12 milhões de euros em três semenas em todo o mundo. A coleção também chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos e em outros 33 países, e tinha vendido 25 milhões de cópias em 2005 (tornando-se o nono álbum mais vendido de todos os tempos).

Em finais de 1990, Harrison foi diagnosticado com câncer de pulmão e, desde então, lutou contra a doença, porém sucumbiu a ela em 29 de novembro de 2001. Em 2006, George Martin e seu filho Giles Martin remixaram algumas gravações originais dos Beatles com o objeto de criar uma trilha sonora na produção teatral do Cirque du Soleil, intitulada LOVE. Em 2007, McCartney e Starr uniram-se para uma entrevista no Larry King Live e falaram sobre seus pensamentos em relação a essa apresentação e a outros momentos da carreira de ambos; as viúvas Yoko Ono e Olivia Harrison também apareceram com os dois únicos ex-Beatles restantes em Las Vegas, para a comemoração de um ano da apresentação.

Legado
Evolução musical
Considera-se o hit She Loves You (1963), composto pela dupla Lennon/McCartney e baseado na idéia original de Paul, a primeira grande revolução musical protagonizada pela banda. Se até então, o rock era composto basicamente por 3 acordes simples, batida forte, insistente e uma melodia de fácil memorização, nesta canção, são utilizados acordes dissonantes de sexta maior e sétima maior, até então, possíveis apenas no jazz: Mi menor → La Maior com 7º → Do Maior → Sol Maior (adicionando à 6º). A incorporação da dissonância ao rock, foi o primeiro grande legado do grupo à música popular do século XX. A letra, embora romântica, foge da dicotomia "menino-menina", para a incorporação de um terceiro elemento: O protagonista, um rapaz que avisa ao amigo que a namorada o ama, e que, "com um amor assim, deveria sentir-se feliz". Embora simples, "She Loves You" torna-se o embrião do espírito "paz e amor", que viria a desenvolver-se na segunda metade dos anos 1960. Destaque também para o uso do "Yeah", que viria a tornar-se marca registrada do Rock. A constante busca dos Beatles em criar novos sons a cada gravação, combinada com as habilidades presentes nos arranjos de George Martin e, particularmente, com os conhecimentos técnicos da equipe do estúdio da EMI - como os produtores Norman Smith, Ken Townsend e Geoff Emeric - fez com que a banda influenciasse a forma como a música passou a ser gravada em vários sentidos. O conjunto dessas produções são apresentados em álbuns como Rubber Soul (1965), Revolver (1966) e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967).

Os Beatles continuaram a absorver influências mesmo depois de seus primeiros sucessos, encontrando freqüentemente novas avenidas musicais e líricas escutando seus contemporâneos. As influências musicais incluem The Byrds e The Beach Boys, cujo álbum Pet Sounds foi um dos preferidos de McCartney.[128] George certa vez comentou que "Sem Pet Sounds, Sgt. Pepper não teria existido… Pepper foi uma tentativa de igualar Pet Sounds."[129] Outra influência da banda foi Presley, que Lennon chamou de faísca porque ele o fez se interessar pela música:

Foi Elvis quem realmente me levou a comprar discos. Eu achava seus primeiros materiais ótimos. A era de Bill Haley passou perto de mim, de certa forma, pois quando suas gravações apareceram nas rádios, minha mãe começou a ouvi-los, mas não senti nada de especial por eles. Foi Elvis quem me fez ficar viciado no gênero de música beat. Quando ouvi seu 'Heartbreak Hotel', pensei: ‘isso é o que é’ "[130]




Utilizando técnicas de estúdio como efeitos sonoros, colocações não-convencionais de microfone e outros instrumentos, loops em teipes, técnicas de double tracking e variações de velocidade em áudios, os Beatles começaram a aumentar as gravações onde seus intrumentos eram utilizados de maneiras que não as convencionais e suas músicas inovaram o rock da época e das outras gerações. Isso inclui naipes de metais e corda, assim como instrumentos indianos como a cítara em "Norwegian Wood (This Bird Has Flown)" e o swarmandel em "Strawberry Fields Forever".[131] Eles também utilizaram precocemente instrumentos eletrônicos, como o mellotron, que McCartney implentou junto com as vozes de flauta na introdução de "Strawberry Fields Forever",[132] e o clavioline, teclado eletrônico que criou um som não-usual em "Baby You're a Rich Man".

Começando com a utilização de um quarteto de cordas - organizada por Martin com a ajuda de McCartney - em "Yesterday" (1965), os Beatles foram pioneiros em atualizar o gênero art music e mostrá-lo de forma moderna, exemplificados em duplo-quarteto de cordas em "Eleanor Rigby" (1966), "Here, There and Everywhere" (1966) e em "She's Leaving Home" (1967). Uma apresentação de Concertos de Brandenburgo, de Bach, mostrada na televisão britânica na época, inspirou McCartney a usar o flautim no arranjo de "Penny Lane".[134] Os Beatles desenvolveram o rock psicodélico com "Rain" e "Tomorrow Never Knows" de 1966, e "Lucy in the Sky with Diamonds", "Strawberry Fields Forever" e "I Am the Walrus" de 1967.

A reunião de música pop com música erudita, presente em "Yesterday", em que os Beatles gravaram rock and roll com acompanhamento de uma orquestra de câmara foi pioneira. Um fator com maior e melhor prestígio ainda está presente em "A Day in the Life", a primeira canção de rock a ser acompanhada por uma orquestra sinfônica. Presente em Sgt.Pepper, a faixa impressionou pelos barulhos e sons estranhos no meio da canção, porque, até então, nada havia de parecido na história do rock and roll. No ano seguinte, em 1968, direcionando o trabalho para o folk e hard rock, em composições como "Rocky Raccoon" ou "Revolution", o grupo voltaria a inovar, com o que para muitos seria o primeiro "Heavy Metal" da história (embora existam outras candidatas ao pódio, como "Summertime Blues", pela banda "Blue Cheer", composição original de "Eddie Cochran"): A canção "Helter Skelter", contida no álbum duplo "The Beatles", popularmente conhecido como "álbum branco". McCartney, inspirou-se no guitarrista "Pete Townshend", da banda "The Who", em 1967, quando afirmou ter sido o último single da banda, "I Can See For Miles", a música mais "alta, suja e barulhenta" que haviam feito até então. Ao ouvi-la, tratou de criar sua própria ópera barulhenta e suja.

Influência na cultura popular

Pessoas atravessam a calçada na rua Abbey Road. Os pedestres imitam as poses em que os Beatles aparecem na capa do LP "Abbey Road". Cenas como essas tornaram-se comuns e famosas devido o álbum dos Beatles.A chegada dos Beatles na rádio é vista como um marco na música que sinaliza um fim à era do rock and roll da década de 1950: diretores de programas radiofônicos, como Rick Sklar da WABC (AM) de Nova Iorque, proibiam DJs de lançarem na programação qualquer música "pré-Beatle".

Alguns lançamentos dos Beatles, como seus álbuns, foram imitados por diversos artistas, inclusive brasileiros. Por exemplo, a capa do Abbey Road é muito parodiada por diversos lugares, desde capas de outras bandas, como fotos de usuários da Internet, que, em Londres, passam pelas faixas brancas imitando os Beatles, ou fazem montagens em cima do original. Na televisão americana, foram muitos os desenhos animados que se referiram aos Beatles, a maioria apresentando um tom cômico. Talvez o mais visível seja Os Simpsons, embora a banda tenha sido citada também em episódios do Bob Esponja, meninas superpoderosas e em outros desenhos-animados do canal Nickelodeon.

Pioneirismo
George Harrison, quando nos Beatles, tornou-se o primeiro músico a fundir instrumentos e, respectivamente, sons orientais com a música do rock; embora famoso, no entanto, este feito - demonstrado em "Norwegian Wood", onde há o uso da sitar - não foi o único que colocou a banda no patamar de pioneira.[138]

Com "Twist and Shout", "Can't Buy Me Love", "She Loves You", "I Want To Hold Your Hand" e "Please Please Me", lançados em março de 1964, tornaram-se iniciantes em ocupar os primeiros cinco lugares no topo norte-americano. Rubber Soul, de 1965, foi o primeiro álbum onde não havia o nome do artista em sua capa. Na época dos Beatles, os compactos eram curtos, mas "Hey Jude", com mais de sete minutos, mudou esse conceito. Foram a primeira banda britânica a fazer sucesso fora de seu país e a primeira de rock a fazer sucesso mundial. Com "Yellow Submarine", foram os primeiros roqueiros a escreverem canções com temáticas infantis. Em suas peregrinações à Índia, tornaram-se os primeiros a misturarem rock e misticismo. A primeira distorção de violão divulgada em gravação foi em "I Feel Fine".

O concerto no Shea Stadium tornou-os pioneiros na produção e realização de apresentações em estádios a céu aberto e participaram da primeira transmissão mundial via satélite cantando "All You Need Is Love", no projeto Our World. Foram a primeira banda de rock a fazer carreira no cinema e a primeira a produzir um disco conceitual de rock: Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band. Este mesmo disco fez com que eles fossem os primeiros a gravarem em quatro canais. Curiosamente, os Beatles foram o primeiro grupo a se separar.

Influência nos países falantes do português
Brasil
"Eu sou da América do Sul
Eu sei, vocês não vão saber
Mas agora sou cowboy
Sou do ouro, eu sou vocês
Sou do mundo, sou Minas Gerais"
-Trecho de "Para Lennon e McCartney". Composição: Marcio Borges/Fernando Brant/Lô Borges
Nomes de brasileiros como Arnaldo Baptista, Belchior, Caetano Veloso, Carlos Drummond de Andrade, Cassia Eller, Erasmo Carlos, Fernanda Takai, Gilberto Gil, Lulu Santos, Mauricio de Sousa, Milton Nascimento, Paulo Leminski, Pedro Bial, Raul Seixas, Renato Russo, Serginho Groisman, Rita Lee, Ronnie Von, Sávio Rangel, Zé Ramalho e muitos outros estão, de alguma forma, relacionados aos Beatles.

No início em que a banda causava um estrondo, e que o termo "beatlemania" já era lançada aos quatro ventos, a mídia brasileira os intitulou de "Reis do Iê iê iê", por causa da letra da canção "She Loves You". A primeira aparição do grupo em território brasileiro foi pelo cinema, com A Hard Day's Night. Passando pelos terríveis momentos da política a partir da implantação da ditadura militar, o Brasil via surgir, pouco a pouco, os Beatles em suas maiores cidades. Na mesma década, o carioca Newton Duarte, entusiasmado em músicas estrangeiras, passava por rádios do Rio de Janeiro levando discos piratas do quarteto, que adquiria com o americano Douglar Robert. Esses discos não tinham sido lançados no Brasil e Duarte conseguiu arrecadar dinheiro com o negócio pirata.

A revista nacional Fatos e Fotos tinha empregado o jornalista Janos Lengyel que, em 1966, realizou a primeira entrevista dos Beatles para a imprensa brasileira.[141] Big Boy, como agora Newton Duarte era conhecido, começou a introduzir os Beatles nas rádios e a transmitir ao Jornal Hoje, da Rede Globo, informações sobre o quarteto: com a banda um tanto mais popularizada, a recepção brasileira assistiu seus ritmos tropicais sendo misturados com os ritmos que começavam a serem introduzidos do exterior.

Enquanto os Beatles faziam sucesso nos Estados Unidos e na Inglaterra, o Brasil passava pelo Golpe militar de 1964, que mudou a concepção do país. Embora tenha sido empregado no país uma política controlada e censurada, o Brasil não estancou, nem cultural ou economicamente e foi nessa época que a música do brasil desenvolveu-se com intensidade. Em 1967, nasce um movimento no país, tendo como precursores Caetano Veloso e Gilberto Gil, denominado Tropicália, que possuía o intuito de modificação cultural. Apoiando-se na idéia da antropofagia promovida pelo modernista Oswald de Andrade, a Tropicália começou a popularizar a guitarra e o rock and roll no Brasil, sob forte influência dos Beatles. Antes do movimento, o baiano Raul Seixas foi o pioneiro do rock brasileiro, feito que lhe conferiu o título de "pai do rock brasileiro"; Seixas frequentemente citava Lennon, que era um de seus maiores ídolos, ao lado de Elvis Presley

A articulista Clara Abdo resume a influência dos Beatles na Tropicália dizendo que o sistema, "[…]como movimento que abrangia vários recursos externos para a formação de uma nova música brasileira, acarreta em sua formação ícones culturais de várias épocas. Dentre eles, Carmen Miranda, Roberto Carlos, representando a Jovem Guarda, o escritor José de Alencar, o corte de cabelo e as vestimentas da contracultura hippie nos Estados Unidos e os Beatles."[146] Na prática, a canção Senhor F, do grupo Os Mutantes, teve seu arranjo inspirado no álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band; a última faixa do disco lançado em 1968 pelos tropicalistas, "Ave Gencis Khan", modelou o estilo que Harrison tocava intrumentos orientais.

Rogério Duprat, que se envolveu no movimento e desenvolveu carreira musical com grande parte dos artistas citados nessa sub-seção, ficou conhecido como o "George Martin" da Tropicália e relatou o seguinte em 2002:

Não é que eu fiquei dando aula para eles [os músicos da Tropicália]; ao contrário, eu que aprendi pra burro com os Mutantes, com o Gil, com o Caetano, com todo mundo, como fazer uma coisa, que pode ser ao mesmo tempo com certa correção, com uma correção que a gente já conhecia, de músicos, e fazer isso, de uma coisa popular e avançada, uma coisa na frente dos Beatles.




Portugal
Por estar em território europeu, mesmo continente de origem dos Beatles, Portugal teve estreitas relações com os Beatles, particularmente com Paul McCartney já desejou ter uma propriedade em território português, em 1989. A casa é uma mansão do século XVII, com vista pro mar, e situada em uma estrada, um dos motivos pelos quais fez com que Paul desistisse da compra, pois sua privacidade estaria em jogo. Em 9 de dezembro de 1987, McCartney concedeu a sua primeira entrevista a um jornalista português, onde, entre outras coisas, relatou: "O que faço ao dinheiro? Ponho-o no banco… Não, faço imensas coisas: obras de beneficência, tenho uma família para sustentar, tenho a minha mulher e, como tu sabes, as mulheres gastam muito dinheiro!"

Segundo o articulista Luís Pinheiro de Almeida, a letra de "Yesterday" foi escrita em Portugal, dentro de um carro, numa trajetória entre Lisboa e Faro.[150] "Sempre detestei perder tempo e a viagem era muito longa", relatou Paul McCartney sobre a inspiração para a letra.[150] Paul havia escrito outras canções em território português. Em 1968, por exemplo, produziu "Penina", em Algarve, quando estava de férias com Linda McCartney no sul do país.[151] A letra foi entregue para o grupo português Jotta Herre.[151] Embora Paul tenha afirmado que não gravaria "Penina" ela aparece gravada pelos Beatles no álbum pirata Unheard Melodies, The Songs The Beatles Gave Away, juntamente com a versão dos Jotta Herre e de Carlos Mendes.[151]

Angola
Sempre foi difícil ouvir Beatles nas rádios angolanas, devido o inicial balanço comunista que a República da Angola estava reforçando. [152] Contudo, a banda exerceu forte popularidade em Angola: "And I Love Her" e "Girl" foram as duas canções que mais podiam ser encontradas na indústria radiofônica angolana. Sem falar da influência que exerceu em algumas bandas angolanas de rock.[152]

Filmografia
Os Beatles estrelaram cinco filmes, todos os quais relacionados à trilha sonora de seus álbuns. A banda participou de dois filmes filmados por Richard Lester, A Hard Day's Night (1964) e Help! (1965). O grupo produziu, dirigiu e atuou no filme de televisão Magical Mystery Tour (1967), e no filme de animação psicodélico Yellow Submarine (1968). Seu último filme, o documentário Let It Be, lançado em 1970, mostrou as sessões de ensaios e gravações para o projeto Get Back de 1969, e ganhou o Oscar de Melhor Canção Original. Recentemente foi lançado um musical somente com as músicas dos Beatles, o Across the Universe, porém, este foi lançado depois do fim da banda, sendo somente inspirado em suas músicas, e não com participação de nenhum deles. Existe também um espetáculo em DVD do Cirque du Soleil, inspirado nas músicas da banda, e também com a trilha sonora original.

Discografia
Ver artigo principal: Discografia dos Beatles
Informação complementar: Canções dos Beatles, Beatles Bootlegs
Discografia brasileira
A discografia brasileira começa com capas e seleções de música diferente das versões inglesa e americana. Os álbuns também possuíam nomes diferentes dos LPs ingleses e americanos. Os rêis do Iê-Iê-Iê, por exemplo, substituiu o título A Hard Day's Night, troca que ocorreu também no filme. A partir de Help!, a discografia brasileira seguiu os lançamentos ingleses. Outros compactos brasileiros podem ser conferidos em Discografia dos Beatles.

Beatlemania (1963)
Beatles Again (1964)
Os rêis do Iê-Iê-Iê (1964)
Beatles 65 (1965)
Álbuns de estúdio
Please Please Me (Parlophone, 1963)
With the Beatles (Parlophone, 1963)
A Hard Day's Night (Parlophone, 1964)
Beatles for Sale (Parlophone, 1964)
Help! (Parlophone, 1965)
Rubber Soul (Parlophone, 1965)
Revolver (Parlophone, 1966)
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Parlophone, 1967)
Magical Mystery Tour (Capitol, 1967)
The Beatles ("The White Album") (Apple, 1968)
Yellow Submarine (Apple, 1969)
Abbey Road (Apple, 1969)
Let It Be (Apple, 1970)
Relançamentos em CD
Em 1987, a EMI lançou todos os álbuns de estúdio dos Beatles em formato de CD por todo o mundo. A Apple Corps decidiu uniformizar as gravações dos Beatles em todo o planeta. Elas escolheram a versão original dos doze álbuns de estúdio (acima) para lançamento no Reino Unido, bem como o álbum americano Magical Mystery Tour, que havia sido lançado como um curto duplo EP no Reino Unido. Todo o material restante dos Beatles e os compactos de 1962-1970 que não tinham sido emitidos nos álbuns britânicos originais foram recolhidos para o duplo Past Master, com dois volumes:

Past Masters, Volume One (1988)
Past Masters, Volume Two (Apple, 1988)
Anthology 1 (Apple, 1995)
Ano: 1995 As configurações dos álbuns americanos de 1964-65 foram realizados em boxes nos anos 2004 e 2006 (The Capitol Albums Volume 1 e Volume 2 respectivamente); esses volumes incluíram duas versões em mono e em estéreo baseadas na mistura de vinil que foram preparadas no momento de seus lançamentos originais nos Estados Unidos, em 1960.

Notas
Rock melódico e Rock Psicodélico: No caso dos Beatles, a estrutura do rock melódico pode ser encontrada em canções mais românticas, como "She Loves You" e em baladas, como "Something". A estrutura do rock psicodélico é encontrada em algumas canções do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, e particularmente em "Lucy in the Sky with Diamonds".
Johnny and The Moondogs: Johnny seria um apelido para o nome de Lennon (John); The Moondogs: pode ser uma junção das palavras inglesas Moon (substantivo: lua, fase lunar) (verbo: vaguear, andar sem destino); e Dog (cão, cachorro).
Long John and The Beatles: Literalmente, Grande John e os Besouros
The Crickets: em português, Os Grilos. A homenagem seria trocando o título "The Quarryman", por "Os Besouros" ("The Beetles").
Segundo Paul, ele sugeriu Beatles pela associação da palavra Beat (em Português, "batida") e que não passa de um trocadilho entre "beetles" e "beat".
Silver Beetles: O nome do grupo estava, até então, definido com esse título.
A persuasão de Epstein havia dado certo: Ver subseção 1963–64: Sucesso americano, segundo parágrafo.
Primeira aparição ao vivo na televisão americana: Lembrando que os Beatles já tinham sido antes apresentados na televisão americana, no curto documentário de cinco minutos (ver 1963–64: Sucesso americano, seg. parágrafo), mas a produção era sobre a histeria que a banda causava na Inglaterra, e não tinha muito a ver com a relação do grupo àos Estados Unidos. Até então, a banda nunca havia se apresentado ao vivo num canal americano. No The Ed Sullivan Show este feito se realizou.
Moda passageira: Em inglês, "fad".
Introducing The Beatles: Acredita-se que tenha sido a produção mais relançada do mercado fonográfico: quatro vezes em quinze meses. Estas reedições devem-se ao "estouro" que os Beatles causavam na América à partir de 1964. A Vee Jay, para atrair os fãs, apenas mudava a capa, mas o som era o mesmo.
Turnê Mundial de 1966: O repertório dos Beatles foi: "Rock´n´Roll Music", "She's a Woman", "If I Needed Someone", "Day Tripper", "Baby´s In Black", "I Feel Fine", "Yesterday", "I Wanna Be Your Man", "Nowhere Man", "Paperback Writer" e "I'm Down" (as vezes substituída por "Long Tall Sally").